- 29 de outubro de 2024
Edersen Lima, Editor
Brasília - Não se trata de Ottomar Pinto e muito menos dos políticos que lhe dão apoio. O maior adversário de Romero Jucá é a Internet, que há algum tempo vem expondo as suas traquinagens. A rede mundial de computadores tem sido o verdadeiro calo seco do senador que, até o início do ano passado, antes de se aventurar como ministro da Previdência, era a fiel imagem do dinamismo, da eficiência, da honradez e da ética.
A máscara caiu com assombrosa velocidade depois que a comunicação entre internautas e informações veiculadas em sites de notícias expuseram às claras o perfil sombreado do senador, que, como publicou ontem, 30, a Folha de S. Paulo, obteve o fechamento da rádio Roraima depois que prometeu trabalhar o nome do secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Joanilson Ferreira, para substituir Hélio Costa no Ministério das Comunicações.
Antes disso, a rede mostrou que Romero Jucá aplicou calote no Basa Que ele deve cerca de R$ 20 milhões ao banco e que o dinheiro que pegou ao invés de investir no Frangonorte, foi usado para pagar despesas pessoais suas. Vê-se aí que, em se tratando de calote em bancos públicos, a justiça é feita com o "zé ninguém", porém bichão da costa larga passa ileso a isso.
A Internet expôs a milhares de roraimeenses que, para enganar o Basa, Jucá apresentou como garantia sete fazendas fantasmas no meio do Amazonas. O banco apurou com uso até de GPS que tais fazendas garantidas pelo senador só existiam na mente dele, coisa típica de conto da carochinha.
Isso, sobre o calote do Basa e as fazendas fantasmas é só um aperitivo das traquinagens que Romero responde. A última, é a acusação de pegar para sí, para uso de sua produtora de vídeos, duas centrais de ar condicionado que deveriam servir no Terminal de Ônibus do Caimbé, fora outros materiais supostamente desviados das obras da Vila Olímpica e da Orla Taumanann.
A mulher, Teresa Jucá, também não se faz de rogada. E passou a ter presença nas notícias de corrupção, desvio de dinheiro público e depósitos suspeitíssimos em contas do enteado Rodriguinho Jucá, que já disse que desde pequeno quer ser igual ao pai. Teresa sem explicar a origem e nem o porquê, depositou R$ 236 mil da sua conta particular para a conta da empresa de Rodriguinho. O depósito ocorreu coincidentemente dois dias depois da empresa Soma, muito próxima de Romero, ter recebido faturas por serviços que o Ministério Público Federal alega que não foram efetuados.
A Internet também mostrou que, no dia 26 de abril de 2004, Luciana Surita filha de Teresa comprou por R$ R$ 80.578,75 mil a casa de Mariana Jucá, filha de Romero. Quatro horas depois, o senador vendeu o mesmo imóvel localizado na QI 14, Lago Norte para a mulher Teresa, por R$R$ 188.017,09 mil. As duas vendas da mesma casa no mesmo dia foram detectadas pelo Coaf. Se tal jogada não é lavagem de dinheiro, é o quê?
Tudo isso, todas essas traquinagens envolvendo Romero e Teresa e seus herdeiros só tornaram-se públicas, de conhecimento dos roraimenses graças à Internet, enquanto os verdadeiros adversários do casal, com os rabinhos entre as pernas, apenas assistem ou acessam.