- 29 de outubro de 2024
Quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente da República bradava aos quatros cantos a seguinte frase: "A esperança venceu o medo!". Mas que esperança? A de um país melhor, em desenvolvimento, ou a esperança de políticos corruptos sem caráter de enfiar a mão no erário público sem conseqüência alguma para si?
O que estamos assistindo é digno de um filme de terror. Esquemas de desvio de verbas de estatais para pagar base aliada do governo, deputados pegos com a mão na grana sendo inocentados e dançando felizes comemorando absolvição do colega corrupto, Presidente que não sabe, não ver nada, publicitários tesoureiros de caixa dois, três, quatro... Caseiro que sabe dos possíveis ilícitos do ministro da Fazenda passando de vítima a réu, justiça legislando, rádios e TV's sendo fechadas sem por quê, a Constituição sendo desrespeitada todos os dias, um arsenal de discrepâncias que somos obrigados a engolir a seco.
Foram rasgadas do dicionário dos políticos palavras como moral, bons costumes, ética, todas elas são consideradas palavrões, afinal, numa republiqueta que se transformou o Brasil, parlamentares não tem mais pudor algum em esconder seus esquemas e a corrupção que todos sabiam que existia, mas era algo implícito já é aceitável, sem motivo algum para sentir vergonha ou algo parecido, pois neste momento o errado é o certo e vice-versa.
Que se exploda o bom senso, a ética e moral, a administração pautada ao povo; o que vale é participar de esquemas de mensalão, superfaturar obras, calar a boca dos adversários a força, usar de influência aos ministérios para fechar rádios e tomar TV's, morrer na cadeira de governador para saciar vaidade, enriquecer de modo ilícito e se dar bem de todas as formas usando o povo, bando de babacas que se vendem por R$ 50,00 reais, um milheiro de tijolo, tabiques podres ou não votam certo.
Um país que é o eterno país do futuro aparentemente sem futuro, fadado ao fracasso e não adianta a Globo produzir uma mini-série sobre a vida de J.K, pois só causa dor e sofrimento aos cidadãos, já que nunca mais haverá um Presidente como ele.
Tomem o Estado de Roraima como exemplo. As duas principais oligarquias políticas se matando para tentar se perpetuar no poder enquanto a população vive sem comida, sem trabalho, sem perspectiva alguma de melhora, renegada a própria sorte como um cão que caiu da mudança. Essa briga é tão sem nexo, que fecham uma Rádio Roraima condenando a população do interior a ficar sem comunicação, tudo por causa de rixa pessoal e luta pelo poder, um acusando o outro, sendo eles farinha do mesmo saco.
Há que ponto chegamos?! Até onde mais podemos rastejar na lama e na indigência moral?
Farei minha as palavras de Cazuza e Renato Russo: - Que país é esse? Ideologia, eu quero uma pra viver!
Autor: Daniel Moraes Barreto
E-mail: [email protected]