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A primeira dinastia de Roraima - Edersen Lima

Engraçada a prefeita Teresa Jucá, há dois anos mantém com salários mais altos da sua administração a filha Luciana Surita, o genro Marcelo, a mãe Aurélia, e o enteado Rodrinho Jucá. Que ganham a vida empregados por ela, que deve ter mudado de opinião ou aderido ao "farinha pouca, meu pirão primeiro".


A prefeita Teresa Jucá está se despedindo do cargo. Mas, o martelo ainda não foi batido. Incorporando a adolescente, Teresa chegou a pedir opiniões e sugestões de coleguinhas seus do Orkut. Entre em ficar onde está, ser candidata ao Senado, ao governo ou comprar uma bicicleta nova, a prefeita repete comportamentos indecisos e contraditórios, mas no raso, quer tudo.

Quando deputada federal, Teresa pouco fez. Ou melhor, o que conseguiu foi liberar algumas emendas para a Fundação Roraima, do marido Romero Jucá. A Fundação é um poço de denúncias de traquinagens mil sobre falsificação de  notas fiscais e desvio de dinheiro público destinados a pessoas carentes e doentes de Boa Vista.

Ainda como deputada, Teresa Jucá, no dia 22 de abril de 1992, como publicou um à época um hoje assessor seu, manifestou por escrito à Presidência da Câmara, contra o nepotismo praticado pelo então governador, Ottomar Pinto. Engraçada a prefeita, há dois anos mantém com salários mais altos da sua administração a filha Luciana Surita, o genro Marcelo, a mãe Aurélia, e o enteado Rodrinho Jucá. Que ganham a vida empregados por ela, que deve ter mudado de opinião ou aderido ao "farinha pouca, meu pirão primeiro".

O mandato em Brasília durou dois anos. Em 1993 Teresa assumu a Prefeitura de Boa Vista. Mas, pelo visto, o tempo que passou aqui foi marcante. Durante as suas administrações,  a prefeita dividiu seu tempo na ponte aérea entre as duas cidades. Passando aqui no cerrado, quase o mesmo tempo que aí, no lavrado.

Durante esse período também, Teresa não só se dividiu entre mandatos e cidades distintas. Se dividiu entre novos relacionamentos e comportamentos, porém fiel às iniciais RJ(... de raça e justiça). Mergulou de cabeça no esoterismo, na crença dos astros, nos banhos de ervas e de descarrego, nas rezas e passes elaborados e ministrados por mãe Joana Carranza, que junto com a filha, recebiam da Prefeitura R$ 8,5 mil mensais pelos serviços.

Em matéria à revista IstoÉ, Teresa assume o seu lado mistico-transcendental-astral. (ver matéria)

Agora, talvez já decidida que caminho político tomar, Teresa dá a dica de que concorrerá ao Senado, tendo o marido Jucá parceiro de chapa para o governo. O enteado Rodrinho, na moita, ainda pode disputar vaga para a Câmara dos deputados e a filha Luciana, para a Assembéia Legislativa. Se a conspiração dos astros ocorrer e o eleitor concordar, Roraima, poderá ter a sua primeira dinastia. Pra isso, pra ter tudo, Teresa está se despedindo.

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