- 01 de novembro de 2024
O promotor de justiça da 1ª Promotoria Criminal Carlos Paixão ofereceu denúncia no dia 6 de março contra os policiais militares envolvidos na morte do adolescente Sandro Borges. No Inquérito Policial Militar encaminhado em janeiro ao Ministério Público Estadual consta que a bala que atingiu o adolescente não saiu da arma do soldado Edmiro Diego que assumiu a culpa, mas a do sargento Edimar Pereira da Silva, comandante da patrulha no dia do fato.
Carlos Paixão concordou com os autos do Inquérito e denunciou os acusados à Justiça Militar. O sargento Edimar Pereira responderá por homicídio culposo, por não ter tido a intenção de matar o jovem, agindo com falta de dever de cuidado. Já o soldado Edmiro Diego Rodrigues, que assumiu a autoria dos disparos responderá por auto-acusação falsa, e os soldados Rogério da Silva Figueiredo e Adelmar Souza de Alencar responderão pelo crime de falso testemunho, por terem confirmado a versão falsa de Edmiro.
Os acusados serão julgados pela Justiça Militar e as penas variam de 1 a 4 anos de detenção para homicídio culposo, 3 meses a 1 ano de detenção para auto-acusação falsa e 2 a 6 anos de reclusão para falso testemunho.
Dos fatos - No dia 27 de novembro de 2005, os policiais militares, foram acionados para comparecerem em frente a Pizzaria Margot onde estava acontecendo uma briga entre várias pessoas. Com o intuito de interromper a briga, o sargento Edimar disparou dois tiros de pistola para o alto, tendo um dos projéteis atingido a vítima Sandro que observava a briga na parte superior da pizzaria.