- 01 de novembro de 2024
"Eu sou um playboy filhinho de papai, tenho um pit bull é imito o que ele faz"
(Retrato de um Playboy - Parte Dois - Gabriel o Pensador)
Não poderia haver música mais condizente com os atuais filhinhos da burguesia que a música acima fragmentada. A canção retrata fielmente a falta de cérebro, truculência, falta de amabilidade e o excesso de músculos (graças às muitas bombas), mas o que mais me apoquenta é que a mulherada ta adorando esse tipo de tipo. Como isso pode acontecer? Sempre leio em revistas que as mulheres estão procurando homens que possuam bom papo, que sejam legais, inteligentes, etc, etc, etc... Todo esse blábláblá que há séculos dizem, mas que parece não ser bem assim.
Um dia desses, tava no Poli Esportivo Airton Senna tomando suco de guaraná quando chegou uma trupe de "carinhas" com suas respectivas mulheres. Prestei atenção no que diziam: - naquele dia eu enchi ele de porrada - exclamou o cidadão vangloriado-se do feito. Qual é a graça de bater nos outros?
Um tempo desses o inimitável Jesse Souza em sua coluna na Folha de Boa Vista também questionava isso. Pessoas que usam de álibis os seus pais afortunadamente afortunados, chegam aos lugares barbarizando, se achando os tais. Outro que se dedicou a tentar explicar o que não tem explicação foi o nosso querido cavaleiro do apocalipse apresentador do Mete Bronca; ele disse uma coisa que eu tive que concordar: - macho até um jumento é.
Os filhinhos de papai se dizem machos para provar sua virilidade (detalhe, conheço um monte deles que saem distribuindo tapas por ai, mas quando chega à noite querem distribuir outra coisa... se é que me entendem) ficam casando confusão. Caras como esses não pensam isso é fato, que o diga os pais daquele garoto que foi baleado em frente à Pizzaria Margot.
Mas ser macho não é ser homem. Aliás, homem resolve suas diferenças é na conversa, usando do dom da palavra e só vai para as vias de fato para se defender ou em ultimo caso.
Respondam-me: Como pode uma mulher gostar desse tipo de pessoa? Por que se contentar com tão pouco? Como pode se relacionar com gente vazia, que só pode oferecer um carro bacana e um corpo malhado. Que tipo de conversa discutem? Acredito que deva ser cada papo transcendental... Mas quem gosta de indivíduos sem teor não pode ser lá grande coisa!
Há que pontos nós chegamos?
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