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Estudo de organização indígena diz que reservas impedem desmatamento na Amazônia

Um levantamento feito pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) aponta que as reservas indígenas funcionam como barreira para o desmatamento na Amazônia, impedindo a destruição de cerca de 3,5 milhões de hectares da floresta.



 Um levantamento feito pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) aponta que as reservas indígenas funcionam como barreira para o desmatamento na Amazônia, impedindo a destruição de cerca de 3,5 milhões de hectares da floresta. Para chegar a esse número, a entidade analisou dados de 1988 a 2004 sobre o deflorestamento da região, obtidos com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estudo, denominado Diagnóstico sobre Terras Indígenas Ameaçadas na Amazônia, criou um modelo que permite visualizar qual seria o desmatamento esperado dentro dos territórios indígenas caso mantivessem o mesmo padrão de desenvolvimento das regiões não ocupadas pelos índios. A diferença entre o cenário com e sem terras indígenas gera o saldo positivo dos 3,5 milhões de hectares de floresta protegida. A Coiab aponta como fatores que mais contribuem para o desmatamento, por exemplo, a presença de estradas (asfaltadas ou não), o acesso fluvial e a densidade populacional.

A entidade pretende levar o estudo ao conhecimento do governo como forma de alertá-lo sobre a necessidade de preservação da floresta e também para mostrar o papel estratégico dos indígenas nesse sentido. "Se queremos ter a Amazônia como um patrimônio brasileiro, temos que investir nas terras indígenas", afirma o coordenador geral da Coiab, o indígena Jecinaldo Cabral. De acordo com ele, a coordenação solicitou uma audiência com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Eles pretendem, ainda, mobilizar o setor privado que atua na região para a conservação da Amazônia. "Queremos atingir esse setor, que é tímido na relação com os povos indígenas", observa Jecinaldo.

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