- 01 de novembro de 2024
Boa Vista - Após cruzar as informações recebidas de magistrados, servidores e empresas prestadoras de serviços, a direção do Tribunal de Justiça de Roraima (TJ) identificou dois casos de nepotismo entre servidores. Até o final da tarde desta sexta-feira apenas um caso fora tornado público depois de decisão em ação impetrada pelas partes. A caça ao nepotismo no Judiciário obedece a resolução 07, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atacando três frentes. Naquela que se refere aos magistrados (parentes até 3° grau, companheiras e cônjuges) não foi identificado nenhum caso em Roraima. Na segunda hipótese (nepotismo cruzado) de parentes até 3° grau, esposas ou companheiras de magistrados empregadas em outros tribunais para compensar uma admissão correspondente também não foi identificado qualquer caso. Quanto aos incisos segundo e terceiro do artigo segundo da Resolução do CNJ, o Tribunal identificou dois casos. Num deles, a parte impetrou Mandado de Segurança com pedido de liminar para evitar a exoneração de um dos dois servidores. A terceira hipótese, de que poderia haver parentes de magistrados contratados por prestadores de serviços ao Tribunal, as empresas informaram não terem tais ocorrências em seus quadros. Fizeram igual afirmação em relação aos ocupantes de cargos de assessoramento e direção do TJ-RR. De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça, os casos identificados foram da chefe de gabinete de desembargador, Inara Tricot, com a filha dela, a socialyte Sabrina Tricot, assessora jurídica de magistrado. Neste caso a parte impetrou mandado de segurança com pedido de liminar, mas, o relator, desembargador José Pedro indeferiu o pedido. "A outra situação é entre uma assessora jurídica de desembargador que é parente do chefe de determinada divisão do Tribunal. Esperamos a decisão no pedido de liminar", comentou o desembargador Campello. Como o caso não foi tornado público, o presidente do TJ não quis divulgar os nomes dos envolvidos. |