- 01 de novembro de 2024
Brasília - A indefinição do deputado federal Francisco Rodrigues (PFL) de sair ou não candidato ao Senado Federal nas eleições de outubro está deixando perplexos os pré-candidatos à deputação federal pelo partido. Esses pré-candidatos acham que, por Chico Rodrigues ter ligação política de forma quase atávica com o governador Ottomar Pinto, tendo sido eleito por quatro vezes nas hostes ottomaristas, sua decisão de sair candidato ao Senado cria embaraços para eles, a maioria com estreita pareceria política com o brigadeiro.
Um exemplo dessa situação embaraçosa é o militar reformado do Exército João Fagundes, que foi deputado federal pelo PTB por Roraima nas eleições de 1990, e recentemente foi Secretário de Segurança do Estado. Hoje, Fagundes está meio escondido na Representação de Roraima em Brasília. "Tô meio escondido, aguardando o desenrolar dos acontecimentos", disse Fagundes ao Fontebrasil, ao anunciar sua disposição de sair candidato à Câmara dos Deputados, mais uma vez, agora pelo PFL, partido presidido em Roraima por Chico Rodrigues. "Mas com o apoio do brigadeiro Ottomar Pinto", insiste ele.
Na avaliação de observadores da cena política de Roraima, Chico Rodrigues pode estar perdendo espaço com sua indefinição de disputar um novo mandato para a Câmara dos Deputados. "É possível que quando decidir por disputar a reeleição, o Chico não encontre mais o espaço político que até agora manteve", diz um desses observadores.
Na verdade, Chico Rodrigues dificilmente terá o amparo político de Ottomar se resolver sair candidato ao Senado. Sua opção seria o grupo de Romero Jucá. Mas a família Jucá estará envolvida com a eleição de Teresa Jucá para o Senado. E onde ficaria Chico Rodrigues? É a pergunta que seus aliados lhe fazem. "É uma situação meio embaraçosa", admite João Facundes, já em plena campanha para retornar à Câmara Federal.