Raul afirma que manterá luta pela melhoria salarial de policiais

Depois da tentativa de aprovar melhorias salariais para os policiais civis, frustrada pela manobra da bancada governista em esvaziar o plenário da Assembléia Legislativa, o deputado Raul Lima (PMDB) avalia que a aparente derrota momentânea será reproduzida em expressiva vitória num curto espaço de tempo.
 "Infelizmente, quando caminhávamos para a aprovação, alguns deputados cederam às pressões do Executivo. A saída dos colegas mostra que estavam dispostos a votar favoráveis às nossas emendas, o que nos deixa seguros de que até o mês de março as gratificações aos policiais serão concedidas", analisou Raul Lima.
Relator do Projeto de Lei Complementar 001/06, que trata das gratificações de atividade policial, risco de vida e interiorização dos quadros da Polícia Civil, o peemedebista afirma que a sua bandeira de luta em defesa da melhoria salarial dos policiais que têm remuneração mais baixa continuará e terá mais força.
A segurança de Raul Lima na vitória vem do sentimento de civismo demonstrado pela categoria em defesa dos seus direitos. "A união deles dá mais certeza à nossa convicção de que a melhoria salarial é justa e necessária para reduzir disparidades criadas pelo governo no âmbito da Polícia Civil", ressaltou.
O deputado enfatizou que não vê nesta discussão questões eleitorais, mas pais de família desesperados porque o nível salarial não atende suas necessidades básicas. "Abracei esta causa desde o início, porque me convenci da necessidade de alterar o projeto, pois a proposta só atendia ao interesse da minoria". 
Raul Lima detalhou que desde 2001 os policiais civis, incluindo escrivães, agentes, carcereiros e papiloscopistas, recebem salário base de R$ 600,00 e a elevação de apenas R$ 42,00 depois de cinco anos sem reajuste foi "imoral" por parte do governo. "O aumento do percentual das gratificações reduzia essa discrepância".

EMENDAS - As emendas apresentadas por Raul Lima ao projeto original elevavam a gratificação de risco de vida dos escrivães, agentes, carcereiros e papiloscopistas, de 40% para 70% do salário. No caso da interiorização, o percentual acima de 100 quilômetros de distância de Boa Vista seria de 35% e abaixo de 15%.
"A intenção é garantir condições dignas de trabalho de quem está lotado no interior. O nosso pleito é simples e visa elevar a gratificação de quem ganha menos. Não é uma questão de ser oposição ou situação, mas um dever como representante público. Estou na Assembléia para servir ao povo de Roraima", afirmou.