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Chico diz que "reforma" do Incra pe desserviço

"Verificamos que, na verdade, os dois órgãos executivos estão prestando um desserviço à União e ao Governo do Presidente Lula, que tem procurado fazer a reforma e os assentamentos de uma forma disciplinada. Infelizmente aqueles que conduzem essa política são exatamente os que estão provocando os distúrbios nas áreas rurais", afirma Rodrigues.


O deputado federal Chico Rodrigues (PFL/RR), disse ontem em plenário que a reforma fundiária que o Incra está promovendo é um desserviço ao país. No último final de semana, o deputado acompanhou a visita do Presidente do INCRA, Rolf Hackbart, e do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, no Estado e concluiu que não está sendo feita a defesa e a implantação de uma reforma agrária quantitativa e qualitativa no Brasil.
"Verificamos que, na verdade, os dois órgãos executivos estão prestando um desserviço à União e ao Governo do Presidente Lula, que tem procurado fazer a reforma e os assentamentos de uma forma disciplinada. Infelizmente aqueles que conduzem essa política são exatamente os que estão provocando os distúrbios nas áreas rurais", afirma Rodrigues.
O deputado acredita que no caso do Governo de Roraima, não existe um acampamento sequer de sem-terra, porque o estoque de terras é enorme. O Estado registra mais de um milhão de hectares com condições de assentamento de colonos, mas mesmo assim, os conflitos entre proprietários rurais e assentados ainda é nítido na região.
"O Incra cria um jogo entre os fazendeiros e os assentados, que se voltam até mesmo contra a população do nosso Estado. Não podemos admitir essa manipulação por parte de um órgão federal. É preciso um esforço no sentido de recompormos as forças para que possamos ter o processo efetivamente resolvido no nosso Estado e dar condições para que possamos dar condições para os produtores rurais se estabelecerem, receberem seus títulos de propriedade e promoverem o agronegócio e a agricultura familiar em Roraima", conclui Chico. 
O parlamentar lembrou ainda que a agricultura familiar passa por um momento crítico. A falta de perspectivas de desenvolvimento e de estruturas mínimas nos assentamentos e áreas de colonização estão levando os pequenos agricultores ao desânimo. "Os camponeses em Roraima sofrem pela falta de políticas públicas sérias e programadas. Eles não conseguem dar respostas aos pequenos desafios encontrados em seus lotes rurais". Chico ainda chama a atenção do Incra para a recuperação de 33 projetos antigos, criados em 2002, que precisam de demarcação, estrada, eletrificação rural e poços artesianos. Outra reivindicação do deputado é a inversão que deve ser feita no pagamento de crédito. "Ao invés de pagar o crédito alimentação, o Incra deve dar prioridade ao crédito habitação", finaliza.
Mas o pefelista não pára por aí. Ele responsabiliza o agronegócio como o principal responsável pela liberação dos créditos do FNO em Roraima. O setor corresponde a 98% dos créditos liberados, mais do que os demais setores reunidos. Serviço, comércio, indústria e turismo15 operações, enquanto os projetos rurais, sejam eles agrícolas ou pecuários, somaram 1.171 operações. "Diante desse quadro, esperamos uma posição clara e concreta do Incra com relação à questão em pauta", defini Chico. 

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