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E-MAIL ABERTO - PEDRO LUIS VIÑAS

Fiquei muito surpreso e agradado ao ler o artigo publicado hoje na fontebrasil por título "Mecias quer aperfeiçoar atividade do neurocirurgião". Li o teor todo do artigo, e realmente me agradei por dois motivos. O primeiro é que sou neurocirurgião, e sei quanto custa exercer essa nossa especialidade em Roraima. A segunda, é que foi utilizado um projeto da minha autoria, apresentado quase um ano atrás na Secretaria de Saúde.


Senhor Editor,

Fiquei muito surpreso e agradado ao ler o artigo publicado hoje na fontebrasil por título "Mecias quer aperfeiçoar atividade do neurocirurgião". Li o teor todo do artigo, e realmente me agradei por dois motivos. O primeiro é que sou neurocirurgião, e sei quanto custa exercer essa nossa especialidade aqui, sem nenhuma infra-estrutura, e todos cobrando uma melhor atuação, achando que o resultado depende somente da capacidade técnica do neurocirurgião ou do número destes (coisa totalmente errada), quando realmente a neurocirurgia é uma super especialidade que depende de uma estrutura de aparelhos e de organização de bloco bastante complexa.

A segunda coisa que me agradou do artigo foi que foi utilizado um projeto da minha autoria, apresentado quase um ano atrás na Secretaria de Saúde, e a outras autoridades. Inclusive o artigo contém as minhas próprias palavras, ainda com meus erros, próprios do meu "portunhol", como ter empregado o termo "sepsis" em vez de "sepse". Lembro que a gente (minha mulher -que é arquiteta- e eu) pasamos algumas horas distribuindo a estrutura do bloco ( "As seções que constituirão o "Bloco de Neurocirurgia", são as seguintes: divisão para expurgos, estação de enfermagem; divisão para curativos; sala para os médicos; quatro quartos com três leitos cada um e três banheiros (masculino, feminino e reservado para os médicos), etc. etc. etc."), e ainda fizemos um pequeno esquema do desenho. Eu tenho em casa o documento da época. Realmente depois me convenci de que não é boa idéia fazer a atividade eletiva no Hospital Coronel Mota, pois desse jeito ia ficar novamente disperso o serviço.

Em ressumo, parabéns a Mecias por ter abraçado a nossa causa, mais, poxa, custava alguma coisa ter falado que a autoria desse projeto foi da gente (minha neste caso)? E que ninguém escutou a gente na época? Ao final, quem passa horas e horas operando, e atendendo doentes somos nós, neurocirurgiões do Estado.

De qualquer maneira, OBRIGADO, Deputado Mecias. Estamos aqui para ajudar a você desenvolver MEU projeto. Contamos com você que tem a força.

Dr. PEDRO LUIS VIÑAS MACHIN
NEUROCIRURGIÃO DO ESTADO DE RORAIMA

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