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Contatos imediatos de grau duvidoso - Márcio Accioly

Quando a gente se lembra que Titonho andava de mãos dadas com Flamarion em Brasília, correndo atrás de Delúbio Soares, José Genoíno, Zé Dirceu e outros menos cotados, dá um frio na espinha. Por que o parlamentar nunca disse uma só palavra contra esses marginais da vida pública? Por que não disse ao menos ter sido enganado?


Continua a repercutir, negativamente, a visita do ministro do Desenvolvimento Agrário, ex-metalúrgico Miguel Rossetto, na semana passada a Roraima. Sua excelência revelou-se bem engraçado! Caso o presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), não se reeleja, Rosseto poderia enveredar pelo caminho do entretenimento. Possui veia humorística.
Talvez por ser moço ainda (46 anos incompletos), mas apesar da experiência política (já foi deputado federal, 1995-99 e vice-governador, 1999-2003), sua excelência age como inocente, ou como se desconhecesse o fundamental. Afinado, talvez, com a "administração" de nosso amável beberrão, o qual nunca sabe nada de coisa nenhuma.
Acompanhado do senador Romero Jucá Filho (PMDB-RR), o ministro desandou a fazer cobranças da administração estadual, esquecido que o buraco é mais embaixo. Confundiu alhos com bugalhos. Na gestão corrupta a que pertence, lesa-pátria, sua excelência, certamente probo e casto, esqueceu de ser vidraça e danou-se a jogar pedras.
Pior: desatou-se em elogios a Filho, seguramente sem ter sido informado de que o senador responde a processo por ter entregado sete fazendas inexistentes no estado do Amazonas, como garantia de empréstimo milionário que arrancou do Basa - Banco do Estado da Amazônia. E fez cobranças, como se ainda na oposição.
A jogada do governo federal, depois de infelicitar Roraima no episódio da homologação de reservas indígenas monstruosas, entre elas a Raposa/Serra do Sol, assinada pelo presidente a quem o jornalista norte-americano Larry Rohter (The New York Times) apontou como pinguço, é a de reverter cenário desfavorável. Impossível!
Rosseto, talvez devido à sua perceptível limitação intelectual (num governo onde o próprio presidente se jacta de nunca ter lido um só livro), foi extremamente deselegante, especialmente com a primeira-dama, Marluce Pinto, que se fazia presente como representante do governador Ottomar.
HISTÓRIA ANTIGA
Os dirigentes político-partidários de Roraima estão falando em efetuar um pacto "contra ilícitos eleitorais". Hummm!
O deputado estadual Titonho Beserra (PT), ex-todo-poderoso da fracassada gestão Flamarion Portela (posto para fora do cargo pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral), disse que o "combate aos ilícitos é um dever dos partidos para assegurar a lisura do processo de escolha dos representantes públicos".
Quando a gente se lembra que Titonho andava de mãos dadas com Flamarion em Brasília, correndo atrás de Delúbio Soares, José Genoíno, Zé Dirceu e outros menos cotados, dá um frio na espinha. Por que o parlamentar nunca disse uma só palavra contra esses marginais da vida pública? Por que não disse ao menos ter sido enganado?
Como é que se pode acreditar num pacto desses, convocando semelhante personagem?
ARMANDO O BOTE
Dom Luiz Inácio cresce nas pesquisas de intenção de voto, nas classes sociais menos favorecidas e menos instruídas. As mesmas para as quais sua excelência distribui enormes somas, através de programas sociais que apenas alimentam velhos currais. Nada de educar ou de criar condições para o desenvolvimento de regiões miseráveis.
Pode-se dizer tudo do presidente: desde que é frio e calculista, até pinguço. Mas não se pode negar sua enorme inteligência. Ele agora age como se nada tivesse a ver com o PT. Entrega-se de corpo e alma ao PMDB, a quem oferece cargos e até a vaga de vice-presidente na chapa eleitoral. Quer a reeleição a qualquer preço e custo.

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