- 01 de novembro de 2024
Quando no futuro se fizer levantamento da história política do estado de Roraima, o nome do senador Romero Jucá Filho (PMDB), irá figurar no topo da lista daqueles considerados mais vis, cínicos e desmoralizados. Servirá como triste símbolo de uma era, na qual a impudência e a absoluta falta de respeito impuseram norma e ditaram caminhos.
De proxeneta a prevaricador, Filho será acusado. E duvidar-se-á, inclusive, de sua própria natureza humana, pois suas atitudes depõem contra princípios dos mais comezinhos, no que tange o respeito ao semelhante.
Basta lembrar a descortesia com que tem tratado seu principal oponente político, o governador Ottomar de Sousa Pinto (PSDB), publicando charges grosseiras em página sob seu controle na internet e desejando, publicamente, sua morte. Dia desses, numa de suas viagens desde Brasília até Boa Vista, disse em voz alta a um interlocutor:
"- Ottomar está morto, é o nosso Ariel Sharon", referindo-se ao ex-primeiro-ministro de Israel que foi internado às pressas com doença grave.
A passagem do senador Filho pelo estado de Roraima é exercício permanente de manobras ardilosas. Sua excelência é capaz de qualquer expediente para alcançar seus objetivos, não medindo esforços na programação de vergonhosos atos. É figura que desconhece qualquer sentido na palavra moral. Em suma, trata-se de um amoral nato.
Ainda no início de acidentada carreira, depois de ter pintado e bordado como governador nomeado do extinto território federal, Filho foi apontado em manchete principal de primeira página (Folha de Boa Vista), como ladrão de energia elétrica. Impulso mórbido para coisas suspeitas.
Recentemente, foi pilhado pela imprensa nacional ao realizar negócio escuso com o Basa - Banco da Amazônia -, ocasião em que entregou sete fazendas inexistentes no estado do Amazonas, como garantia de empréstimo milionário.
Sem contar a falsificação grosseira de documentos na Jucerr - Junta Comercial do Estado de Roraima -, em que realizou transação citando artigos de Código Civil que só viria a ser aprovado anos depois. É preciso que os homens de bem saibam quem são os seus representantes, pois só iremos moldar um novo país, a partir da remoção desses picaretas, salafrários e assaltantes.
Não se tem como reclamar do governo, ou das ações administrativas de determinado governante, se cada qual não tomar providências para evitar a ascenção de notórios oportunistas. As classes médias de Roraima devem e têm de se posicionar. O que está em jogo é o futuro de seus filhos, a melhoria nas condições de vida de seus descendentes. Lugar de meliante é na prisão!
No Senado, este articulista entrou com dois pedidos de cassação do mandato senatorial de Filho, baseado em negociatas efetuadas no Basa e a falsificação de documentos na Junta Comercial. É indispensável que a população se mobilize e cobre providências do presidente do Conselho de Ética daquela Casa, senador João Alberto (PMDB-MA), para que designe os relatores.
É imprescindível que se enviem emails, cartas e telegramas para o senador João Alberto, reclamando de sua inação com relação aos dois processos. Uma andorinha só não faz verão, mas a mobilização de uma gente brava, trabalhadora e digna tem condições de modificar tal cenário. O e-mail de João Alberto é [email protected] .
Roraima precisa reagir e começar a expulsar os dilapidadores de seu patrimônio. De todos os políticos que hoje atuam no estado, o senador Filho e Teresa Jucá, prefeita de Boa Vista, foram os únicos a não emitir palavra de protesto por ocasião da homologação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol.
Os dois ficaram convenientemente calados, à espera de benefícios por conta de subserviência que prejudica sobremaneira a vida de todos os cidadãos roraimenses. Por isso, deve-se lutar e dar um basta a tanto desmando! Não é admissível que o estado de Roraima se cale diante de tantos crimes cometidos contra seu povo e contra sua soberania.
Ou todos se juntam numa cruzada pela moralidade, ou serão dominados, amordaçados e destruídos por figuras espúrias que agem à sorrelfa e de maneira ignominiosa.
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