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Arrumação e jeitinho não provideniais - Márcio Accioly

Não se tem índice percentual satisfatório, com relação ao número de desempregados no estado de Roraima. Mas sabe-se ser ele bastante elevado. Na atividade informal, nos que mendigam nas ruas, nos que sobrevivem à custa de pequenos bicos, multiplicam-se dilemas e problemas insanáveis.


Não se tem índice percentual satisfatório, com relação ao número de desempregados no estado de Roraima. Mas sabe-se ser ele bastante elevado. Na atividade informal, nos que mendigam nas ruas, nos que sobrevivem à custa de pequenos bicos, multiplicam-se dilemas e problemas insanáveis.

A inadimplência das contas de luz, água e telefone revela uma sociedade carente e desesperada que a cada dia se vê mais e mais enredada num sistema que tudo cobra e exige, sem nada oferecer. Sem alternativa, só resta tentar escapar da melhor ou mais prática maneira possível. Não existe providência do governo federal.

Por isso que a Boa Vista Energia registrou um aumento em torno de 43%, no furto de energia elétrica na Capital, no comparativo efetuado entre os anos de 2004 e 2005. Claro que tem muita gente nesse meio que rouba porque tem vocação para a desonestidade. Mas a grande maioria não dispõe mesmo de qualquer recurso financeiro.

E o pior de tudo é verificar que o Brasil continua num rumo equivocado, sem vislumbrar a possibilidade de livrar seu povo dessa penúria. Temos um presidente, Dom Luiz Inácio (PT-SP), nosso amável beberrão, que nada sabe de coisa alguma e só faz discursar e passear de avião por todos os quadrantes do planeta. Vive de blablablá.

A dívida interna brasileira (somente a interna), encontra-se na casa de um trilhão de reais. Com os juros de 17%, pagam-se 170 bilhões de reais anualmente. Nenhum país resiste a descalabro de tal natureza durante muito tempo. Não tem como. Essa dívida cresce todos os dias e não há como reverter o caótico cenário.

Com relação à dívida externa, ela está em torno de 250 bilhões de dólares. Os juros pagos variam entre 8% e 10%. Isso significa que o Brasil paga, anualmente, uma quantia calculada em 60 bilhões de reais, correspondente a 25 bilhões de dólares. É dívida fajuta, falsa e fabricada, porque já foi paga dezenas de vezes.

A Constituição Federal (que Ulysses Guimarães apelidou de "Constituição Cidadã"), determinava uma auditoria na dívida externa brasileira, no ano seguinte ao de sua promulgação (1988). Até hoje, ela não foi efetuada. De 88 para cá, tivemos José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, FHC e Dom Luiz Inácio.

Todos assumiram prometendo mudanças e melhoria de condições de vida, mas tudo piorou. No início da gestão FHC, as classes médias conseguiram se iludir com a implantação do Plano Real, apenas para constatar a armação patrocinada pelo FMI e os EUA, desnacionalizando nossa economia em 78%.

FHC, que deveria estar preso, entregou nossas estatais, prometendo saldar todos os débitos e sanar de uma vez por todas a situação do país. Deixou dívida externa de 200 bilhões de dólares, a qual o amável beberrão não sabe (ele nunca sabe de nada) como controlar. Com o atual modelo, rumamos para um desmanche.

Nossas autoridades não conseguem perceber a exata dimensão do mal que causam. Depois das denúncias de corrupção, caixa dois e outros desvios (efetuadas pelo então deputado federal Roberto Jefferson, PTB-RJ), criaram-se CPIs e abriram-se investigações que vão sendo claramente desvirtuadas.

Recentemente, na implantada operação de urgência em que se garante pretender tapar buracos de estradas e rodovias, retomou-se a prática do superfaturamento e da fraude explícita, com a clara intenção de formar novo caixa dois para as eleições do ano em curso.

Sem contar o STF, impedindo investigações que alcancem o presidente da República. Como exigir e impor respeito, se o péssimo exemplo vem de cima?

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