- 01 de novembro de 2024
O Correio Braziliense deu na página 12, edição da sexta-feira (27), matéria a respeito de decisão tomada pelo juiz Hélder Girão Barreto, mandando executar liminar de reintegração de posse da Fazenda Viseu. Ela está localizada dentro de área indígena recentemente homologada (Raposa/Serra do Sol), no estado de Roraima.
A reserva Raposa/Serra do Sol possui área de um milhão e 751 mil hectares, tendo sido garfada de uma só canetada pelo presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), para atender interesses mais do que confessados de forças internacionais. Esse absurdo foi cometido no dia 15 de abril de 2005.
Antes de homologar a reserva, em contatos mantidos com o governador Ottomar de Sousa Pinto (PSDB) e parlamentares federais roraimenses, nosso amável beberrão confessou estar sendo "muito pressionado" por países integrantes da ONU (nas suas intermináveis viagens internacionais), para resolver de vez a questão.
E resolver, foi o que fez: contra o Brasil. Dom Luiz Inácio chegou a confessar estar "de saco cheio" com tanta pressão, manifestando interesse de se livrar do fardo o quanto antes. Uma lástima que "governantes" desse quilate entendam que a melhor forma de se esgueirar de situação conflitante é atendendo ao mais forte.
O juiz Hélder Girão Barreto determinou que a Fazenda Viseu seja desocupada em dez dias. Mandou cumprir liminar por ele mesmo expedida (em dezembro do ano passado), reconhecendo o legítimo direito da empresa Itikawa Indústria e Comércio Ltda., antiga proprietária. A área em litígio tem cerca de dois mil e 200 hectares.
Essa medida conferiu ânimo a proprietários de outras empresas que aguardam decisão da Justiça. No próximo mês de abril, pretende-se desocupar toda a área ora utilizada no plantio e industrialização de arroz, embora os rizicultores não tenham sido devidamente indenizados. Mas a decisão final caberá a instâncias superiores.
Se o país tivesse um presidente de fibra, cidadão que estudasse os problemas nacionais e refletisse exata dimensão do potencial econômico do Brasil, esse tipo de desordem não aconteceria.
Não se tem como admitir, em pleno século XXI, que nações integrantes do G-7, intituladas de "países ricos", apliquem golpe primário como esse, utilizando espécie de "conto do vigário" em desmoralizante apropriação indébita.
Num mundo conectado através de satélites, com celulares, TV a cabo e seus derivados, pretende-se manter grupos humanos confinados ao período da Idade da Pedra, sob o pretexto da necessidade de "preservação cultural". Quando se sabe que o objetivo principal é o de carregar enormes jazidas minerais.
Isolam-se os índios, dificulta-se o acesso à educação e à saúde (em elaborado projeto de programada extinção), a fim de que mais tarde a ONU possa intervir, alegando "preocupação" com possível genocídio. O minério das terras indígenas é o lastro de toda essa disputa.
Homologam-se reservas e tenta-se demonstrar cuidado que é hipocrisia. Os índios abandonados, sem assistência federal, são dizimados. Em aldeias do Tocantins, registram-se inúmeros óbitos de crianças índias e o CIMI - Conselho Indigenista Missionário -, culpa a Funasa. No Pará, índios mundurucus morrem com diarréia e outras doenças.
Daqui a pouco, a ONU vai querer "salvar" o povo da floresta.
Email: [email protected]