- 01 de novembro de 2024
Ao fazer a análise do trabalho do Ministério dos Transportes, o deputado Almir Sá (PL-RR), elogiou o caráter emergencial do programa de recuperação das estradas federais, conhecido como Operação Tapa-Buracos, mas defendeu a liberação gradual de recursos durante o ano, para a manutenção das rodovias brasileiras.
"Espero que o Governo Federal aja com eficiência e agilidade e que possa, ao aprovarmos o Orçamento de 2006, liberar também tais recursos", afirmou. Segundo o deputado, a aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) no orçamento para 2006 deve chegar a R$ 7 bilhões.
O deputado de Roraima disse esperar que o País possa voltar a crescer com a conservação e a melhoria das rodovias, o que deverá diminuir os custos de transporte. "É importante que este governo tenha a consciência de que é preciso realmente falar e executar. Que ele disponibilize R$ 7 bilhões de recursos para o Ministério dos Transportes em 2006, mas realmente libere esses recursos antes do final do ano", defendeu.
O deputado salientou que a infra-estrutura de transportes é considerada como uma das condições mais importantes para a sustentação do crescimento econômico. Segundo ele, nas últimas décadas, o setor tem recebido investimentos cada vez menores em relação ao PIB (aproximadamente 3% nos anos 70; 1,5% nos anos 80 e 0,7% nos anos 90). Isso, na sua opinião, provocou uma grave redução da capacidade da oferta de transportes.
Apesar dos problemas, o representante do PL destacou resultados positivos no setor de transportes no Governo Lula, que até novembro de 2005, segundo Almir Sá, recuperou 8,5 mil quilômetros de rodovias e implementou programa de controle de excesso de peso dos veículos nas estradas. Sá citou, ainda, obras de construção, pavimentação, duplicação e ampliação de capacidade da malha rodoviária federal.
O parlamentar informou que fez um levantamento de obras prontas ou que estão sendo executadas pelo ministério. "O Ministério dos Transportes fechou o ano e o período com um saldo bastante positivo, apesar dos problemas e das dificuldades orçamentárias. Os resultados dos investimentos em infra-estrutura geralmente são mais demorados do que os dos demais setores", avaliou.