00:00:00

ESTRATÉGIA BEM CLARA DE APROPRIAÇÃO - Márcio Accioly

Quem se dispuser a pesquisar documentos (que um dia foram confidenciais), produzidos pelo governo dos EUA (e hoje colocados à disposição do distinto público), terá visão precisa da inteligente política de dominação daquele país. E muitos ficarão admirados ao descobrir como tudo é planejado em detalhes e com anos e anos de antecedência.


         Quem se dispuser a pesquisar documentos (que um dia foram confidenciais), produzidos pelo governo dos EUA (e hoje colocados à disposição do distinto público), terá visão precisa da inteligente política de dominação daquele país. E muitos ficarão admirados ao descobrir como tudo é planejado em detalhes e com anos e anos de antecedência.

As terras que hoje se tomam de Roraima, no esquecido extremo norte brasileiro (sob a desculpa de formação de reservas indígenas), fazem parte do desdobramento de estratégia minuciosa, montada a partir do início do século passado, notadamente nas décadas de 20 e 30. Naquela época, a preocupação dizia respeito ao controle de natalidade.

E combinava racismo e nazismo. Porque o nazismo tem berço dentro dos EUA, muito antes de Adolfo Hitler assumir a Alemanha e tentar impor a chamada "solução final". Entre 1921 e 24, a terra do Tio Sam impôs "duras leis de cotas de imigração", cujo objetivo era impedir a chegada de negros e latinos ao seu território.

Somente as raças nórdicas (ingleses, escandinavos e alemães), podiam imigrar livremente para os EUA. Os que influenciavam o comando da nação norte-americana acreditavam que somente através da "depuração" de seu povo, no "fortalecimento genético" da raça, seria possível construir país forte e superior.

Tudo isso foi elaborado sob os auspícios e o patrocínio de duas grandes famílias: Harriman e Rockfeller. Como resultado, vimos a nação ianque se digladiando na negação de direito aos povos de raça negra e latina, desaguando num conflito que atingiu seu ápice na década de 60 e anos seguintes, quando os negros alcançaram algumas conquistas.

Como repetimos sempre sem questionar, o que é dito pelos meios de comunicação (como agora, quando a Rede Globo decidiu mostrar as "qualidades" que garante ter existido em Juscelino Kubitschek), a população dos países ricos em recursos naturais repetiam a ladainha de então. A de que somos pobres, por conta da super população.

E os EUA se empenharam na esterilização de mulheres brasileiras e de outros países com jazidas minerais, criando órgãos especiais para tanto, os quais cumprem fielmente seu papel. Calcula-se que, no Brasil, em anos recentes, foram esterilizadas cerca de 44% das mulheres férteis. Existe relatório contendo esses dados, no Ministério da Saúde.

Como essa história não deu resultado, já que pobre se multiplica mais do que preá ou pombo, trataram de abocanhar diretamente o que de fato lhes interessa: terras detentoras de grandes jazidas minerais. Alguns desses minerais, muito raros, raríssimos.

No dia 24/04/74, Henry Kissinger distribuiu memorando oficial, intitulado NSSM-200, com um estudo a respeito das "Implicações do crescimento da população mundial para a segurança nacional e os interesses externos dos Estados Unidos". Centrava a questão populacional e advertia para o risco de crescimento de um país como o Brasil.

Basta esse documento para verificar que toda essa história de "ajuda" e de interesse no desenvolvimento de nosso país não passa de jogada para o público, enquanto no plano interno trama-se o roubo, a tomada de nossas riquezas e nossa decadência.

Nessa tarefa, contam estranhamente com elite dirigente desmoralizada, como a que domina o país desde a sua descoberta. Basta verificar o que fez o presidente FHC (1995-2003), quando desnacionalizou a economia em 78%.

A demarcação de áreas indígenas está inserida nesse planejamento de tornar o Brasil inviável, favorecendo ao interminável domínio de nossos principais algozes.

Email: [email protected]

Últimas Postagens

  • 01 de novembro de 2024
AGONIA DE LORD