- 01 de novembro de 2024
Folha Imagem |
|
Enquanto isso, o pai de Sandra, João Gomide, diz viver para ver o assassino de sua filha condenado. Doente, depois do crime passou por quatro pontes de safena. Devido a problemas de circulação, precisou amputar uma das pernas e passa a maior parte do tempo em casa, no bairro da Saúde, com problemas de locomoção, desempregado e ficou vivendo de aposentadoria. João é dois anos mais novo que Pimenta, que namorou sua filha Sandra e freqüentou sua casa. - A impunidade é o que mais dói. É uma vergonha. Esse país não tem lei nem Justiça. Além de ruim, Pimenta é vingativo - lamenta João Gomide. Embora tenha ocorrido dois anos antes, o caso Sandra Gomide ainda não foi a júri popular. Pimenta entrou com cinco recursos. A cada ação, ganha tempo, adia seu julgamento e cultiva o ócio.
As duas mil páginas do processo de homicídio repousam sobre a mesa do juiz Davi Capelato, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Ibiúna. Ele só espera a chegada de uma carta precatória para marcar o júri, possivelmente até março. Esta, pelo menos, é a expectativa da família e dos advogados - quem primeiro defendeu os parentes da jornalista foi o hoje ministro Márcio Thomaz Bastos. Sexta-feira, a Polícia do Rio abriu investigação contra Pimenta e outros dois jornalistas, por autoria e divulgação de dossiê falsificado e apócrifo, usado em disputas empresariais. Ele será chamado a depor em breve.
Pimenta responde ainda a processo por danos morais. A ação pede bloqueio de seus bens. O ex-diretor de O Estado de S. Paulo. , entretanto, conseguiu manter o patrimônio, como a luxuosa casa onde mora na Rua Senador Vergueiro, Chácara Santo Antônio, bairro nobre paulista.