Opinião Formada - Edersen Lma

Desatenção eleitoral
A saúde pública é a área que mais elege deputados e senadores. São quase 100 médicos na Câmara, quase um terço no Senado. Dos 11 parlamentares da bancada roraimense, quatro são médicos. No ano passado, por três meses Roraima teve três senadores médicos. O deputado Alceste Madeira está no seu quarto mandato. E o presidente Juscelino Kubstchec fez toda sua plataforma política em cima da Medicina, como a mini-série JK da TV Globo pode comprovar.
E por que a área da saúde elege tanta gente? Elege porque o tratamento, a cura de um pai, do parceiro ou de um filho não se esquece, como se esquece o tijolo, o cimento, o dinheiro e outras a coisas dadas em época de campanha. Nesse ponto, o eleitor sabe bem como separar o joio do trigo.
O que não se entende é como a maioria dos governantes, tanto estaduais como municipais e o governo federal, não dão a atenção que o setor da saúde pública precisa e que tantos votos produz.

De novo
Mais uma do Incra. O órgão está prestes a fechar um negócio danoso para os cofres públicos em Pernambuco. Num instante em que o agronegócio está em crise, o governo vai adquirir três fazendas no sertão pernambucano por R$ 6,687 milhões. Desse total, R$ 5,551 milhões (83% do total) serão pagos em dinheiro vivo. O resto será liquidado em TDAs (Títulos da Dívida Agrária), negociáveis em bolsa.
Técnicos do próprio Incra estimam que a avaliação das fazendas está superfaturada. O sobrepreço seria de cerca de 40%. As terras foram oferecidas ao governo pelo deputado Ricardo Fiúza (PFL-PE), morto em dezembro passado. A aquisição será feita com base no decreto número 433. Foi editado durante o governo de Fernando Collor de Mello. Prevê a compra direta de terras, sem desapropriação.
Em Roraima, o órgão beneficiou do deputado Titonho Beserra construindo uma estrada na localizações de uma fazenda de sua propriedade valorizando-a muito.

E-mail aberto
De:[email protected]
Para:[email protected]
Data: 12/01/2006 12:38
Assunto: Pergunta
Leio sempre a Fontebrasil e graças a vocês passei acompanhar melhor os meandros da política do meu estado, mas depois de assistir uma entrevista do deputado Chico Rodrigues no programa do Osmar Noledo em que ele disse que sempre foi aliado do Brigadeiro Ottomar Pinto, gostaria de tirar uma dúvida e saber se na campanha de 2002 prá quem o Deputado pediu votos? Pergunto isso pois não quero fazer juízo de valor erradamente.

Exposição
A partir de fevereiro, os artistas roraimenses terão mais um espaço cultural para mostrar os seus trabalhos. O local escolhido será o hall de entrada da Casa da Cultura "Madre Leotávia Zoller", situada na avenida Jaime Brasil, que ficará à disposição de artistas plásticos, artesões e fotógrafos.
As exposições farão parte do projeto, "O artista na Casa da Cultura", desenvolvido este ano pela Divisão de Etnografia e Folclore do Departamento de Cultura, da Secretaria de Educação. A proposta é incentivar a cultura e a arte roraimense através da divulgação de trabalhos de artistas locais buscando espaços alternativos.

Sem apoio
Passados dois meses desde que demitiu repórteres, a direção do BrasilNorte ainda não pagou os três meses(agosto, setembro e outubtro) atrasados, nem os direitos trabalhistas (férias, 13° salário e FGTS). O Sinjoper não ficou do lado dos repórteres que são sindicalizados, tanto que nem ofereceu os serviços da assessoria jurídica do sindicato. E o presidente da entidade ainda quer ser deputado estadual com apoio da prefeita Teresa Jucá, é mole?
 
Internet e cavalos
Para muitos a criação da Internet é a maior invenção do homem. Internet é conhecimento, é educação, é comunicação, é informação, é tecnologia, é negócios e é, acima de tudo, o meio que aproximou e democratizou sociedades e pessoas a exporem fatos e opiniões independentes de credo, cor, profissão e demais preferências sociais sem que exista qualquer tipo de censura.
Contra a internet, só frustração, pois os homens marcham e os cavalos pastam.

Enquete
O site fontebrasil.com.br lançou nova enquete: Desses recados, qual você daria para os políticos que concorrerão em outubro?
a) Mais seriedade e trabalho; b) Chá de simancol; c) Menos teatro; e d) Uma descarga elétrica a cada mentira proferida.

Investigação de fiscais
A Receita Federal fará auditorias "periódicas e sistemáticas" nas contas de seus 23 mil servidores a fim de "identificar indícios de patrimônio incompatível com os rendimentos ou enriquecimento ilícito".
Publicada ontem no "Diário Oficial" da União e assinada pelo secretário da Receita, Jorge Rachid, a portaria 73 estabelece procedimentos que serão utilizados dentro do órgão para a auditoria sobre os servidores.

Macaco Simão:
"Sabe como é o nome do diretor do FMI? RATO! Rodrigo Rato. E existe animal mais apropriado pra representar o FMI? Roeu toda nossa grana! E o FMI nomear um rato pra diretor não é nepotismo? Rarará! E agora todo mundo tem que gritar: "Abaixo o Rato! Queremos Queijo!".
Por isso que o Palófi passou o ano todo miando. Já imaginou o Palófi miando com aquela língua plesa? MIALF! MIALF! Rarará!"
E um amigo meu tava vendo a Sheila Carvalho na televisão com aquela roupa agarrada e soltou essa: "Deus é justo, mas a calça da Scheila Carvalho é muito mais".

Telhado de vidro
E-mail enviado pelo leitor Daniel Barreto Filho([email protected]), que acrescentou ser "da terra de Macunaíma", confessa que "é inegável a importância de Romero Jucá Filho e Ottomar de Souza Pinto para Roraima, mas é flagrante a decadência política de ambos. O passado deles é no mínimo discutível e isso todo mundo sabe, porém, agridem um a outro ignorando o fato de possuírem teto de vidro".
"Um outro ponto a ser observado é que num passado não muito distante (1998 e 2002), os dois uniram-se jurando "amor eterno" e contra os então governadores e candidatos à reeleição Neudo Campos, hoje aliado de Ottomar e Flamarion Portela anexado ao grupo de Jucá. Não é nada de anormal, já que em política o adversário de hoje é o aliado de amanhã, mas se levarmos em consideração o escandaloso caso dos gafanhotos, é no mínimo estranho, anormal e imoral".
E finaliza sua opinião: "É preciso maturidade suficiente para observar que Era Ottomar e Jucá está chegando ao fim. Por mais que tentem, sua forma de fazer política não é mais condizente com a velocidade dos problemas que assolam nosso Estado. Questão fundiária, desemprego, saúde precária, enfim... Faz-se necessário uma nova ordem política, com visão para um futuro que pode ser conquistado, mas que precisa ser galgado por pessoas que não queiram só acusar um a outro".