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NA MARGEM DE TODOS OS LIMITES - Márcio Accioly

O corruptíssimo desgoverno do presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), nosso amável beberrão, começa a emitir sinais de preocupação com relação aos desdobramentos da homologação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, efetuada há oito meses. Está chegando a hora de a onça beber água.


O corruptíssimo desgoverno do presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), nosso amável beberrão, começa a emitir sinais de preocupação com relação aos desdobramentos da homologação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, efetuada há oito meses. Está chegando a hora de a onça beber água.

Tal preocupação, no entanto, reflete apenas receios de cunho eleitoral que vão se avolumando a passos largos neste ano da graça de 2006. O mais alto mandatário brasileiro, apesar de inculto e despreparado, é pessoa extremamente inteligente.

Ele pressente o perigo na geração de conflito de proporções que não têm como ser projetadas, no caso de reação violenta à desocupação da área indígena homologada. Roraima é hoje um dos maiores produtores de arroz e sua excelência praticamente inviabilizou sua estrutura econômica de uma só penada. Para agradar a estrangeiros.

No que se refere ao estado em si, sua excelência (na utilização de termo grosseiro), "está pouco se lixando". Conta-se que, pouco antes de apor sua assinatura no documento que criou a reserva (e divertindo-se com as manifestações contrárias em Boa Vista), ele teria chamado seu ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos e indagado:

"- Quantos eleitores tem naquele estado?" Ao que o ministro respondeu:

"- Menos de 220 mil".

"- Isso não vai fazer nenhuma diferença na minha reeleição". E assinou com a emissão de sonora gargalhada.

O problema é que os fatos começaram a desandar, fugindo ao controle e fazendo com que qualquer marola seja capaz de deflagrar um tsunami. Todo cuidado é pouco! O governo sabe que mesmo um minúsculo incidente poderá afetar o cenário com profundidade, devido ao acúmulo negativo no qual se mostra contido.

E o problema de Roraima poderá se espalhar pelo país inteiro, não porque a população irá tomar consciência, num repente, da entrega indiscriminada de seu território. Ou do desvio criminoso de seus recursos naturais e fontes de riqueza. Poderá se espalhar, por conta do cansaço com administração deletéria e incapaz.

Quem controla a população são os meios de comunicação. A maioria financiada pelo capital financeiro internacional. Existe agenda programada que discute fatos como verdadeiros e coloca o povo para debater o que a elite deseja. Maneira inteligente de se desviar o foco de descalabro programado.

Agora mesmo, a Rede Globo resolveu exibir seriado televisivo, no qual apresenta o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-61) como "estadista", "democrata" e expoente ímpar. Quem irá argumentar contrariamente, no seio da massa? Constrói-se a imagem que se deseja. Para isso, existem marqueteiros.

O mais importante para Roraima, contudo, foi verificar que a constatação da roubalheira na gestão Dom Luiz Inácio está permitindo que cerca de 28 mil e 500 hectares sejam desmembrados da área da Floresta Nacional, pois ali existem cerca de 300 famílias, instaladas há anos e que se encontram ameaçadas de expulsão. Evitam-se problemas.

Não fosse a crise, expondo presidente intelectual e moralmente desqualificado, as famílias de Samaúma e Vila Nova (Mucajaí) teriam de arcar com dificuldades e transtornos impensáveis. Mesmo assim, Roraima ainda estará no palco nacional. E Dom Luiz Inácio não terá motivo para rir. Como na época em que extirpou parte de seu território.

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