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EDITORIAL - Lições de 2005

Verificou-se nestes últimos três anos a deterioração do sistema viário do país, com estradas esburacadas e sem condições de tráfego de Norte a Sul, de Leste a Oeste. No apagar das luzes, eis que o governo se vê tomado de uma decisão de gênio! Decreta estado de emergência no setor. Isso permitirá gastar rios de dinheiro sem licitação.


 

2005 é passado, mas deixou uma clara certeza a todos de como os homens não devem se conduzir ao atingir o Poder. A aura que se mantinha sobre as cabeças petistas, induzindo incautos a verem nelas pureza de propósitos, quebrou-se de forma escandalosa. Se havia quem mantivesse ainda alguma esperança em governos messiânicos, o ano que se foi serviu para mostrar que fora da misericórdia de Deus não há salvação. A queda do muro de Berlim, havia uma década e meia, é prova cabal disso.

O governo que se instalou em janeiro de 2003 está deixando para a posteridade um dos piores exemplos já vistos em toda a história republicana. O governo Lula assumiu a direção do País travestido de cordeiro. Mas, como toda capa um dia precisa ser retirada, isso aconteceu em 2005, mostrando que de cordeiro o governo não tinha nada. Viu-se em seu lugar um lobo devorador das finanças públicas, agindo com voracidade canina.

Verificou-se nestes últimos três anos a deterioração do sistema viário do país, com estradas esburacadas e sem condições de tráfego de Norte a Sul, de Leste a Oeste. No apagar das luzes, eis que o governo se vê tomado de uma decisão de gênio! Decreta estado de emergência no setor. Isso permitirá gastar rios de dinheiro sem licitação. 

Mais uma peripécia petista, cujo objetivo descarado é suprir o caixa dois para a campanha eleitoral de outubro. Só não vê isso quem não quer. Como disse um senador oposicionista, o governo Lula acabou. É um defunto que precisa ser carregado até as próximas eleições, a bem das instituições democráticas.

O pior de tudo é o exemplo que fica para as futuras gerações. Sim, porque o que está se plantando hoje terá inevitavelmente conseqüências no futuro. Não é à toa que as crianças hoje já crescem pensando em se tornar um político influente. A tradição mostra que, como político, pode-se roubar à vontade que nada acontece.

Mas nem tudo está perdido. O exemplo de banalização da ética e compostura moral dado pelo PT ao subir a rampa do Planalto tem lá seu componente positivo. Serve para mostrar que, como País, chegamos à encruzilhada. Seguimos esse modelo escrachado que se mantém em vigor desde o Descobrimento, ou damos um basta e instalamos uma nova concepção de ver e tratar a coisa pública. 

A Bíblia cita que "Bem-aventurada (feliz) é a nação cujo Deus é o Senhor." (Salmos 33.12). Será que já não chegou a hora de decidirmos enveredar pelos caminhos da seriedade preconizada por esses ensinamentos? "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas." (Mateus 7.12).

O Fontebrasil entende que se os governantes seguirem à risca este singelo ensinamento o País será outro. Haverá, por certo, mais justiça social, com maior distribuição de renda. Não essa que vemos, através do Bolsa Família, atitude populista cujo objetivo é manter o homem na miséria. Mas através da geração de empregos.

Só com emprego decente e salário digno é que o ser humano pode se sentir gente. Nós, que fazemos este site, acreditamos nessa possibilidade. E vamos continuar trabalhando para que ela se estabeleça.

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