- 05 de novembro de 2024
Marcelo Tokarski
Da equipe do Correio
Paulo de Araújo/CB/16.10.05 |
Queda de 6,42% no preço dos alimentos contribuiu para a redução do Índice Geral de Preços -Mercado, medido pela FGV |
Renda cresce 4,7% em 2005 Levantamento realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a massa real de rendimentos da população cresceu 4,7% em 2005 ante o ano anterior, uma variação considerada "expressiva", na avaliação do diretor-executivo da entidade, Julio Gomes de Almeida. O aumento da renda somado à maior oferta de crédito alimenta a expectativa de que o consumo das famílias contribua fortemente para o crescimento econômico em 2006. Mas não há garantias que o incremento da massa real se reverta em consumo maior de bens industriais e agrícolas e de serviços não monitorados, ressalta o Iedi. Isso porque, os preços de bens e serviços monitorados podem subir acima dos preços livres, limitando o efeito do incremento do poder de compra da população. Outro ponto é que o aumento do crédito à pessoa física em 2005 vai demandar recursos adicionais dos orçamentos familiares para o pagamento de juros e amortizações, o que pode comprometer o consumo. |
Calote maior em novembro O índice de cheques sem fundos - medido a cada mil compensações - alcançou em novembro a segunda maior marca da história, segundo a Centralização de Serviços Bancários, a Serasa. No mês passado, foram devolvidos 20,6 cheques por insuficiência de fundos a cada mil compensados. Esse índice perde apenas para o recorde registrado em março deste ano, de 20,8 devoluções por mil compensações de cheque. Em relação a novembro de 2004, quando o indicador era de 16,3 devoluções por mil, a expansão no volume de cheques sem fundo foi de 26,4%. Na comparação com outubro, quando foram devolvidos 19,7 cheques a cada mil compensações, houve um aumento de 4,6% na inadimplência do cheque. Os técnicos da Serasa afirmam que o resultado de 2005 interrompe uma série de oito anos sucessivos de queda registrada de outubro para novembro. Em novembro de 1996, o indicador registrou uma elevação de 7,1% quando comparado com outubro do mesmo ano. Desde então, ocorreu variação negativa no indicador. Segundos os técnicos, esse comportamento é reflexo da elevação do nível de endividamento da população, impulsionada pela expansão do crédito e das elevadas taxas de juros cobradas por bancos e financeiras. No acumulado de janeiro a novembro, o índice de devoluções é de 18,8 cheques a cada mil compensações. Em igual período de 2004, o indicador havia sido de 15,9 devoluções. Compensação Em novembro, foram compensados 157,4 milhões de documentos. Desse total, 3,2 milhões foram devolvidos por não terem fundos. Em outubro foram devolvidos, pelo mesmo motivo, 3,1 milhões de cheques dos 157,8 milhões que foram compensados. Em novembro de 2004 foram compensados 179,7 milhões de cheques em todo o país. Desse total, 2,9 milhões não tinham fundo. Já no acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram compensados 1,8 bilhão de cheques, dos quais 33,4 milhões voltaram por ausência de fundos. No mesmo período do ano anterior, 30,4 milhões dos 1,9 bilhão compensados voltaram por insuficiência de fundos. |