- 05 de novembro de 2024
O deputado federal Affonso Camargo (PSDB-PR), mandou seu recado em alto e bom som para o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB):
"- Com a experiência dos meus 76 anos de idade e 50 anos de carreira política, recomendo ao Serra que pergunte ao Pimenta da Veiga o que aconteceu com ele depois que renunciou à prefeitura de Belo Horizonte para concorrer ao governo de Minas. A rejeição do eleitorado foi imensa".
A advertência, postada no blog de Josias de Souza, é muito bem lembrada. Pimenta da Veiga, ex-ministro das Comunicações (1999-2002) da gestão FHC (1995-2003), era prefeito de Belo Horizonte em 1990 quando decidiu renunciar ao posto e disputar o governo estadual na sucessão de Newton Cardoso (1987-91).
Foi fragorosamente derrotado por Hélio Garcia (1991-95), amargando decepção nunca assimilada. Na época em que se dispôs a renunciar, Pimenta da Veiga ostentava índices de aprovação nas pesquisas que animavam e iludiam. O mesmo que acontece agora com José Serra.
Quando candidato a prefeito (1988), o mineiro assinou um documento (igual ao firmado por Serra), comprometendo-se a cumprir seu mandato até o fim. Mas a mosca azul exerceu sobre ele um efeito devastador.
De lá para cá nunca mais se equilibrou. Mesmo tendo sido ministro e ofertado sua parcela de contribuição à bandalheira orquestrada que foi o desgoverno do sociólogo do espírito de pavão.
Além do mais, se Pimenta da Veiga foi defenestrado por tão pouco, imagine-se o que terá a dizer o prefeito de São Paulo que dirigiu o Ministério da Saúde durante período em que se viveu a maior epidemia de dengue de nossa existência. Sem contar a desnacionalização da economia (cerca de 78%), fato contra o qual jamais se posicionou.
Mas é difícil, resistir aos apelos da vaidade, especialmente quando o figurino se ajusta com perfeição nas medidas. A Folha de S. Paulo da quinta-feira (15) divulgou pesquisa do Datafolha em que o prefeito Serra venceria Dom Luiz Inácio (PT-SP) nos dois turnos das eleições presidenciais.
Num quadro em que nada ainda se enxerga com nitidez, é natural que o mais favorecido pelas pesquisas se encante com a força dos percentuais e trate de se viabilizar. Mas será risco incalculável rasgar documento registrado em cartório, negar tudo o que até agora foi dito e embarcar nessa aventura. Depois, que restará de credibilidade?
AÇÃO CONCRETA
O governador Ottomar Pinto (PSDB) pretende recuperar vicinais e trechos da rodovia BR-174, tendo traçado um plano de ação que envolve a Secretaria de Obras. Os recursos da 174 deverão ser liberados pelo Ministério dos Transportes já no início de 2006, de acordo com garantias dadas pelo ministro Alfredo Nascimento.
Além da preocupação com as estradas estaduais, serão feitos investimentos nas áreas de saúde e educação, melhorando o nível de qualificação intelectual, com o objetivo de valorizar o profissional. Em especial, o jovem que chega ao mercado de trabalho.
Ottomar tem se preocupado particularmente com a necessidade de atendimento de grande número de jovens de família de baixa renda, na distribuição de bolsas de estágio remunerado.
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