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Ottomar: "Acho que vou até correr a São Silvestre"

Ottomar Pinto disse que está se sentindo muito bem, depois da cirurgia a que se submeteu, na perna esquerda, há pouco mais de duas semanas, para restabelecer a circulação sanguínea, depois de um princípio de trombose. Os médicos que trataram dele no Hospital Alberto Einstein, em São Paulo, asseguraram que em três meses, com repouso adequado, a vida volta à normalidade.


Em tom de brincadeira, o governador de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), disse, no início da tarde desta terça-feira, em entrevista à Rádio Roraima AM, que está "pensando até em correr a São Silvestre". Ele respondia a uma pergunta sobre o seu estado de saúde, depois de ter sido informado de que uma emissora de rádio noticiara que teria viajado às pressas para amputar uma perna em São Paulo.

Ottomar Pinto disse que está se sentindo muito bem, depois da cirurgia a que se submeteu, na perna esquerda, há pouco mais de duas semanas, para restabelecer a circulação sanguínea, depois de um princípio de trombose. Os médicos que trataram dele no Hospital Alberto Einstein, em São Paulo, asseguraram que em três meses, com repouso adequado, a vida volta à normalidade.

O governador está dando expediente normal, numa sala de despachos contígua à área residencial do Palácio Senador Hélio Campos. Já não reclama de dor na perna esquerda e caminha com a ajuda de um andador. Mudou a rotina, por recomendação médica, para não comprometer a cirurgia. Tem evitado agenda externa e já informou que não viaja até depois do Ano-Novo.

Os médicos recomendaram que evite subir em helicóptero, não faça nenhum esforço físico e repouse o máximo que puder. E o governador reconhece que foi por falta de atenção a recomendações médicas que precisou voltar, às pressas, a São Paulo, para nova cirurgia numa perna que havia sido operada uma semana antes.

No dia 25 do mês passado, depois de chegar de uma viagem a São Paulo, onde fora operado da perna esquerda, o governador participou de uma solenidade de promoção de oficiais e praças da Polícia Militar, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, e passou uma hora e meia em pé. A recomendação médica era de repouso absoluto, mas ele admite ter pressionado os médicos a liberá-lo para vir a Roraima cumprir uma agenda leve.

Depois da solenidade da PM, Ottomar Pinto participou de uma agenda que incluía almoço no Clube do Servidor, uma viagem à maloca da Malacacheta, no Cantá, compromissos no final da tarde e à noite em Boa Vista. No dia seguinte, sábado, pela manhã, participou da entrega do Vale Solidário e depois foi despachar na Secretaria de Infra-Estrutura. Já não se sentia bem, a perna doía muito e ele disse que não almoçaria. Tirou um cochilo de uma hora no sofá de uma sala reservada da secretaria.

Após a cesta, o governador acordou sentindo dores na perna e frio no pé esquerdo. Diabético, preocupou-se em não estar tendo irrigação sanguínea adequada. Entrou em contato com uma empresa de táxi-aéreo que tem jato em Manaus, mas foi atendido pelo vice-governador do Amazonas, que pôs à disposição um jatinho, que o levou até São Paulo.

Ottomar achava que o quadro podia não ser bom. "Se eu sentisse que um dedo, o pé, estava ficando roxo, mandaria o piloto pousar na cidade mais próxima e operaria ali mesmo", recorda. Não foi preciso. Mais: a cirurgia não era tão urgente. Na capital paulista, a equipe médica que o esperava, com o centro cirúrgico já preparado, constatou que o quadro não era grave e marcou para o dia seguinte, segunda-feira, a última cirurgia que ele realizou na perna.

O governador Ottomar Pinto garante que em quinze dias volta a caminhar, mas promete que não vai abusar para não ter que passar, novamente, pelo que passou. A respeito de comentários de oposicionistas sobre o seu estado de saúde, o governador, provocado pela imprensa, foi bíblico, citando Jesus Cristo: "Amai-vos, uns aos outros, como eu vos tenho amado!". Ottomar está bem.

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