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Jovens estão fazendo mais sexo, e com camisinha

Os jovens brasileiros estão com a vida sexual mais ativa e usam preservativos com mais freqüência. Pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde mostra que 68,5% das mulheres de 16 a 19 anos tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores ao levantamento, feito pelo Ibope entre maio e agosto. Em 1998, esse percentual foi de 41,6%.



Demétrio Weber

BRASÍLIA. Os jovens brasileiros estão com a vida sexual mais ativa e usam preservativos com mais freqüência. Pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde mostra que 68,5% das mulheres de 16 a 19 anos tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores ao levantamento, feito pelo Ibope entre maio e agosto. Em 1998, esse percentual foi de 41,6%. A atividade sexual ganhou intensidade também entre os rapazes da mesma faixa etária: 78,4% deles fizeram sexo nos últimos 12 meses, contra 56,5% em 1998.

A pesquisa revela, no entanto, um quadro de estabilidade na iniciação sexual. Em 1998, 54,3% da meninas de 16 a 19 anos já não eram mais virgens. Sete anos depois, esse percentual teve pequena oscilação, subindo para 55,2%. Entre os rapazes da mesma faixa etária, a queda foi de 67,8% para 67,4%.

Ao indagar os motivos que levam os jovens a não iniciar a vida sexual, os pesquisadores ouviram que 23,9% da meninas de 16 a 19 anos querem casar virgens e 14% alegaram questões religiosas. Entre as mulheres de 20 a 24 anos que nunca praticaram sexo - 15,3% do total na faixa etária - 40,4% falaram do desejo de casar virgem e 13,5 de motivos religiosos.

A pesquisa mostra que a idade média da iniciação sexual ficou estável: 14,7 anos para os homens e 15,3 anos para as mulheres de 16 a 19 anos (em 1998, 14,5 anos para os homens e 15,2 anos para as mulheres). Entre os homens de 20 a 24 anos, a idade média ficou em 15,3 anos no levantamento de 2005 (16 anos em 1998).

A pesquisa mostra ainda o uso mais freqüente de camisinha. No caso dos homens, a índice de uso na primeira relação sexual subiu de 45,1% para 68,3% em 2005, na faixa de 16 a 19 anos. Entre as mulheres, passou de 51% para 62,5% na mesma faixa etária.

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