- 05 de novembro de 2024
Inegável o clima de desesperança que se abate sobre o povo brasileiro nesse momento de crise institucionalizada. A eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, ocorreu sob densa nuvem de esperança. Infelizmente, apesar de densa, essa nuvem mostrou-se igual a qualquer outra. Desfez-se ao piscar de olhos.
Lula foi eleito para mudar uma situação que, sob o estigma de FHC, arrastava-se já por oito anos. Ao se vir no "trono", no entanto, mudou o discurso alinhavado ao longo de mais de duas décadas. Enveredou pelo difícil e tortuoso caminho do antecessor.
Ao invés de promover a redenção do espoliado povo, optou pelo jogo dos poderosos. Jamais os bancos tiveram lucros tão exorbitantes quanto nestes três últimos anos.
A situação atual é tão ingrata e digna de repúdio que, quando se pensa que tudo que havia de podre fora retirado debaixo do tapete, eis que aparecem novas mutretas. E mais cabeludas ainda. Veja o caso da empresa do vice-presidente José Alencar (PMR), às voltas com maracutaias da ordem de R$ 1 milhão, recursos pagos pelo PT de Lula, cuja origem é, no mínimo, duvidosa.
Mudando o foco da prosa para Roraima, o governo Lula tem sido verdadeiro padrasto para o nosso povo. Apesar de ter como representante local o deputado Titonho Beserra, o PT-governo trata Roraima como filho bastardo. Para provar, aí estão ações do Incra, Ibama, Funai e Funasa.
Baixando a cabeça e abandando a cauda para as organizações não-governamentais (ONGs), principalmente as estrangeiras, primam por desestabilizar o estado, impondo o seu engessamento.
Senão vejamos: o Incra, além de instituir projetos de assentamento despidos do devido respaldo, deixando o produtor rural entregue à própria sorte, busca desalojar pessoas que estão havia décadas em suas propriedades no interior, a exemplo do que ocorreu recentemente no sul do estado. Agora, tenta intimidar fazendeiros com pelo menos onze ações impetradas na Justiça.
A Funasa se vê às voltas com a falência geral do atendimento à saúde indígena, fato que carreia o ódio internacional para Roraima. O Ibama, por sua vez, não cessa de criar áreas de preservação ambiental, com o objetivo de inviabilizar a economia local. Nos próximos dias pode ser assinada pelo presidente nova área desse gênero no Município de Caracaraí.
A Funai, então, nem se fala. Representa organismos estrangeiros que pregam a qualquer custo as demarcações de terras indígenas. Lula já admitiu a pressão internacional nesse sentido.
Enfim, ainda há chances de se renovar esperanças? Será que para isso se faz necessário lançar mão do levante, do derramamento de sangue, idéias pregadas pelo deputado estadual Berinho Bantim (PSL) na tribuna da Assembléia Legislativa na manhã desta terça-feira? O que será de nossos filhos no futuro? Eis aí questões a escarafunchar nossas consciências.