- 05 de novembro de 2024
Brasília - Índio, quanto às suas convicções é curto e grosso, sem meias-palavras. E o protesto de yanomamis na Funasa, agora contra a nomeação do médico Ramiro Teixeira, é uma demonstração clara de que eles não compactuam com estilo ou ramificações político-partidárias na direção do órgão.
Ramiro Teixeira foi impedido de entrar na sede da Funasa. E Romero Jucá, reprovado na sua indicação para o cargo, que a priori é interino, mas quem garante que não é para se efetivar quando os ânimos e protestos se acalmarem?
O recado dos índios é curto e grosso: não querem indicação política. "A Funasa, não pode ser usada para esses fins, e eles (índios) já perceberam isso", segundo defendeu ontem por telefone, um técnico do órgão.
Ramiro Teixeira se defende que nunca usou a estrutura da Funasa em benefício próprio ou partidário. Que teve suas contas aprovadas pelo TCU. Da parte dele, tudo bem. Sobra para os índios e demais cidadãos roraimenses aceitar que, partindo de Romero Jucá - o do escândalo da Funai, do frango com tudo dentro do Basa e das fazendas fantasmas no interior do Amazonas -, a sua indicação nada tem a ver com política, com ações do órgão, preferencialmente, junto a aliados do senador.