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Manoela, menina-moça - Por Manoel Lima

Parece que foi ontem o nascimento de uma criança sadia, graciosa, que fez mudar alguns conceitos sobre a vida de um homem maduro mas que só a presença de uma menina no lar o fez repensar essa mesma vida de outra forma.


Brasília - Hoje, o assunto não é sobre os rotineiros temas que tenho utilizado para ocupar esse espaço do Fontebrasil. Hoje o assunto é sério, familiar. O tema é a Manoela, minha querida e charmosa neta, que completa nesta data doze anos de idade; parece que foi ontem o nascimento de uma criança sadia, graciosa, que fez mudar alguns conceitos sobre a vida de um homem maduro mas que só a presença de uma menina no lar o fez repensar essa mesma vida de outra forma, mais comedido, mais sensato, mais até responsável. Muitas pessoas perceberam essa mudança em minha vida, inclusive aqueles a quem sempre dirigi os textos que escrevia, aqui e acolá.

Posso dizer que sou um homem feliz e cheio de vida depois da manhã do dia 1o. primeiro de dezembro de 1993, quando a minha nora Ana Maria deu à luz à Manoela; feliz ficara também o pai, Edersen, pela primeira vez recebendo de Deus a responsabilidade de ter que agir na vida para dar vida àquela bela criança. A avó, Maria de Fátima não cabia em alegria; o avô, sentindo como é gostoso ter uma menina no lar, já que seus filhos são todos homens.

Hoje posso dizer que me sinto realizado na vida. Essa vida que não foi dura, mas muito trabalhosa. Na profissão, fui ao ápice dela, com responsabilidade, tenacidade e, acima de tudo, honestidade na condução da vida, trabalhando em todos os jornais de minha querida terra, Manaus, e no poderoso O Estado de S. Paulo. Foi no Estadão que moldei a minha personalidade profissional. E foi Manoela que me deu nova disposição para voltar ao jornalismo, em Roraima, com a mesma dinâmica que tive no exercício da profissão ao longo dos meus já quase cinqüenta anos de batalha na imprensa.

Hoje, já mocinha, Manoela é um pouco da ternura que sempre me falta no meu cotidiano; é a graciosidade que me faz ser um ser humano mais abastado na hora de convergir ao invés de divergir; de ser mais cordato em suas opiniões, sem ser bajulador, sem amesquinhar os seus valores morais.

À minha querida e amorosa Manoela, o desejo desse avô que te adora de poderes crescer com a formosura angelical de boa menina e estudiosa; que a responsabilidade inerente à pessoa humana te favoreça a vida inteira; tens pela frente um mundo a percorrer, que deveras fazê-lo com sabedoria própria, abdicando o fausto da vida imprópria para quem está recebendo os ensinamentos dos teus pais. A mim cabe rezar por tua felicidade. Tenho certeza de que terá à tua frente um mundo melhor, um Brasil melhor, mais justo.

Manoela deves continuar por certo sendo o centro das nossas atenções, para que possas com teu comportamento, agora de menina-moça, e depois como pessoa dona de suas próprias vontades, orgulhar a todos nós; o pai Edersen, a mãe Ana Maria, a maninha Isadora, e os avós Manoel e Fátima, e a querida Margarida, e teus queridos primos.

Felicidades mil, minha querida Manoela, macuxi da gema.

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