- 06 de novembro de 2024
Frango com tudo dentro
Já com o resultado da auditoria do Basa e da investigação da Polícia Federal que indicam entre outras coisas que o senador Romero Jucá e o dono da Folha de B. Vista, Getúlio Cruz, a pagarem o calote aplicado no banco no rolo do Frangonorte, empresa que os dois eram donos e que pegou dinheiro emprestado do FNO, porém não aplicado no negócio, O Supremo tribunal Federal encaminhou os relatórios para o procurador-chefe, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza.
Frango com tudo dentro 2
O calote gira hoje em torno de R$ 19 milhões. O Frangonorte era uma emrpesa que prometia transformar Roraima em pólo exportador de frangos regionais abatidos. Na primeira auditoria do Basa, depois que o banco amargava atraso nos pagamentos das faturas do empréstimo cedido a Romero Jucá e Getúlio Cruz, verificou-se que frangos congelados da Sadia é que eram comercializados, disfarçando a finalidade do negócio.
Frango com tudo dentro 3
Interessante disso tudo foi que Romero Jucá obteve liberação do dinheiro do FNO já quando era senador da República, o que é proibido pela Constituição Federal. Getúlio Cruz, por sua vez, já tinha um "pagagaio" atrasado no banco por causa da fazenda Pau-Rainha, fazenda essa que se beneficiou com dinheiro do empréstimo ao Frangonorte, pois os auditores comprovaram que em ato seqüencial, Getúlio recebeu dinheiro do frango e depositou parte na conta da Pau-Rainha.
Sem dúvidas
Com uso de GPS, "para que não sobrasse qualquer risquinho de dúvida", segundo disse um técnico do Basa à coluna, pôde-se comprovar que as tais fazendas no interior do Amazonas que Romero Jucá apresentou como garantia par que o banco liberasse mais dinheiro para o Frangonorte, nunca existiram.
Falsificação
Além da cobrança do calote no Basa, Romero pode ser implicado em crime de falsificação de documento, o que não seria nenhuma novidade. Romero já é acusado no Conselho de Ética do Senado de falsificar documentos da TV Caburaí.
Senhor Dragagem
Já Getúlio Cruz, além do calote no Basa, vem se rebolando para não ver concretizada a decisão da Justiça Federal que no ano passado o condenou a ressarcir os cofres públicos mais de R$ 30 milhões do rolo da dragagem do rio Branco.
"Paredão Dragagem Cruz"
Getúlio recorreu da decisão e mesmo constando em todos os registros da Justiça como condenado por desvio de dinheiro público e peculato, vai concorrer a deputado federal.
Com muito orgulho, Roraima poderá ter um governador com a pecha de caloteiro de banco público e um deputado federal condenado pela Justiça por rombo nos cofres públicos.
Graças ao rolo da dragagem do rio Branco, até pouco tempo atrás Getúlio era chamado pelo jornalista Humberto Silva, de "Getúlio Paredão Dragagem Cruz". O "Paredão", é de outra acusação que o dono da Folha responde.
Candidata
Se depender da vontade e apelo dos amigos, a jornalista Janice Coelho poderá debutar na surnas eleitorais disputando uma vaga para a Assembléia Legislativa. Ganha o eleitor como opção a um nome novo mas conhecedor dos problemas sociais do estado e ganha a classe jornalística com uma colega séria e compromissada com a categoria.
A toque de caixa
Oito vezes considerado suspeito pela Justiça Estadual em julgar processos que envolviam o ex-governador Neudo Campos, o juiz federal Hélder Girão Barreto demonstrou não ligar para qualquer suspeita sobre sua conduta. Está dando prosseguimento a toque de caixa, convocando testemunhas de acusação e de defesa do caso gafanhotos que envolve Neudo.
Hélder, não reconheceu o foro privilegiado do ex-governador que assumiu semana passada a Secretaria de Relações Fronteiriças do governo do estado.
Desde 2001
A prefeita Teresa Jucá, que tem condenação aplicada pelo TCU, também aguarda a mesma agilidade da Justiça Federal em definir o seu processo, que perambulou desde 2001 em Boa Vista, inclusive pelas mãos de Hélder Girão, foi encaminhado de volta para Brasília, e o estará recebendo de volta na próxima semana.
Agilidade
Falando em agilidade, o juiz Hélder também demonstrou agilidade em apurar denúncias de repasse irregular de salários no Tribunal Regional Eleitoral e mandar para cadeia os acusados, que eram assessores e a então esposa do presidente do TRE, desembargador Mauro Campello.
Mauro e Hélder tiveram discussão feia no plenário do tribunal meses antes das prisões.
Empecilho
Fontes do Palácio Hélio Campos dão conta de que o governador Ottomar Pinto estranhou o não reconhecimento de Hélder Girão ao foro do secretário Neudo Campos. Ottomar teria tido há dias uma conversa com o juiz e lhe informado a intenção de contar com Neudo no seu governo, e que teria recebido como resposta que a Justiça Federal não seria empecilho para isso.
Procurado pela coluna, a assessoria do juiz Hélder informou que ele não responderia às perguntas do site.
Cara feia
A fonte é o representante do governo em Brasília, coronel João Fagundes. Segundo ele, logo após Ottomar assumir o governo em novembro de 2004, o juiz Hálder Girão torceu o nariz quando soube que o articulista do site, Manoel Lima assumiria a Comunicação Social. Hélder está processando o Fontebrasil por comentários públicados sobre alguns processos que andaram e outros não na Justiça Federal.
Manoel Lima optou por ficar em Brasília onde é assessor do senador Gilberto Mestrinho, presidente da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, a causar qualquer clima para o governo Ottomar e também evitar cara feia de A, B ou C.
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