- 06 de novembro de 2024
Todos sabem como é difícil administrar um Estado, dentro de regime considerado "democrático". Quando o regime é ditatorial (e as decisões são impostas de cima para baixo, sem direito a réplica), parece mais fácil conduzir a gestão, embora as ditaduras cometam erros terríveis e impossíveis de reparar.
A democracia é o regime do paradoxo, das contradições, do debate amplo, na exposição das idéias. Mas vem se transformando no refúgio de picaretas e salafrários, aproveitadores sem nenhuma convicção que pretendem apenas obter benefícios próprios a despeito do prejuízo generalizado que causam.
No regime democrático, muita coisa existe ainda para ser ajustada, eliminando-se distorções inaceitáveis. Democracia deve ser uma só, representativa, com as instituições funcionando perfeitamente. O problema da democracia brasileira diz respeito à fragilidade de nossas instituições. Precisamos fortalecê-las de imediato para que o país sobreviva.
Os que defendem a democracia com todas as letras e empenho, combatendo hoje a gestão Ottomar Pinto (PSDB), são os mesmos que se locupletaram em administrações passadas, mamando nas tetas estatais. Essas figuras (bem poucas, é verdade), procuravam continuar com os mesmos privilégios do universo de notas frias e vantagens indevidas.
Quando o governador decidiu-se por estabelecer alianças que facilitassem a condução de sua gestão, os que se sentiram impedidos na sua capacidade de rapinagem trataram logo de difundir a idéia de que o governo estaria a repetir velhos métodos e práticas, como se o sopro da renovação não tivesse visivelmente se espalhado pelo ar.
Pois, agora, com um rigor que nunca tiveram antes, procuram realizar auditorias e investigações, colocando todo tipo de entrave. E procuram atingir o governo estadual nas áreas mais sensíveis. Pois sabem que se conseguirem paralisar algumas ações, será mais fácil a conquista de audiência para a pregação estéril.
Veja-se o caso da Saúde, tecla que vem sendo pisada e repisada. O governador, desde o primeiro instante, colocou como meta prioritária o encaminhamento de todas as pendências nesse setor. Conseguiu, em pouco tempo, alcançar resultados extremamente favoráveis. Mas é como cutucar casa de marimbondos. O mundo a desabar!
Não se vê nem se ouve ninguém falar que Boa Vista é a única capital brasileira que não possui pronto-socorro municipal. Por falta de empenho da prefeitura municipal. O Estado tem assumido não apenas as suas responsabilidades, mas aquelas que por lei cabem ao município (no caso, a Capital, Boa Vista).
Todos os dias, no acompanhamento do noticiário local, tomamos conhecimento de "novidades" não alvissareiras. Engendradas por quem não se mostra preocupado em desenvolver Roraima, equacionar seus problemas e dificuldades. Aferram-se ao princípio que diz: "- Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura". Um mar de críticas.
Na insistência, tentam criar aquilo que Joseph Goebbels (1897-1945), chefe da propaganda nazista, defendia: "- Uma mentira deve ser martelada incontáveis vezes, até que se transforme em verdade". E condenam até mesmo as inevitáveis alianças realizadas pelo governador, querendo, com isso, ampliar obstáculos à governabilidade.
O problema é que, nessa politicagem sem bandeira, nessa campanha eleitoral fora de época, nada terão a exibir no próximo ano, quando acontecer a convocação das urnas. Eles terão de se contentar, unicamente, com o ódio que destilam e o retumbante fracasso.
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