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LIÇÃO DE NATUREZA CÍVICA - Márcio Accioly

A Primeira Brigada de Infantaria de Selva - 1ª BIS -, através de seu comandante, general de brigada Madureira, vem realizando excelente trabalho de relações públicas em contatos mantidos com representantes da sociedade roraimense.


A Primeira Brigada de Infantaria de Selva - 1ª BIS -, através de seu comandante, general de brigada Madureira, vem realizando excelente trabalho de relações públicas em contatos mantidos com representantes da sociedade roraimense.

Ele tem difundido as ações da corporação militar, estreitando relacionamento esclarecedor, em que fica implícita a necessidade de se conhecer melhor as nossas riquezas e fronteiras, preservá-las e defendê-las com todo o empenho no que se refere a possíveis ameaças.

Os brasileiros conhecem pouco os seus domínios. Neles pensam como entidade à parte, algo bem distante e longe do alcance, sobre os quais não acreditam possuir direito ou responsabilidade. Seria muito bom se todos abrissem os olhos. Se tomássemos consciência de que somos, todos nós, legítimos herdeiros e proprietários deste solo. Somos a pátria!

A culpa por tal alienação não deve ser unicamente atribuída, sob qualquer aspecto, a miseráveis e excluídos que mendigam restos de migalhas do que lhes pertence. Como não deve ser creditada, de maneira generalizada, a cidadãos dedicados (militares ou não), que buscam de alguma forma integrar os marginalizados a uma maior participação.

O Brasil desorganizado que se presencia e se constata, nas mais diversas e variadas esferas de poder, é fruto de séculos de descaso de política criminosa implantada no período de sua colonização ainda. E que se pretende perpetuar através da repetição de fórmulas ultrapassadas. Vimos sendo dirigido por uma elite insensível, corrompida e desmoralizada.

Por que não somos potência? Por qual razão não fomos capazes de jamais romper os umbrais da dependência? Os EUA, que exercitam poder de mando e intimidação em todo planeta, começaram sua arrancada em direção ao desenvolvimento e supremacia incontestada, a partir de sua primeira guerra externa, empreendida contra o México.

E utilizaram aquele confronto como espécie de laboratório que iria propiciar aprendizado e desenvoltura para investidas futuras. Foi no assalto ao território mexicano (concluído com o Tratado Hidalgo-Guadalupe, 1848), que os EUA desenvolveram táticas de guerra (e de furto), levando de cambulhada mais da metade daquele país (55%).

13 anos depois, ao mergulharem na Guerra Civil, a maior de que se tem registro na história (onde três milhões de cidadãos lutaram e cerca de 600 mil pessoas morreram), os EUA expandiram seu arsenal e começaram suas guerras de conquista, até encontrarem o começo de seu declínio na Guerra do Vietnã (1961-70).

Aferrada a um nacionalismo exacerbado, a terra do Tio Sam impôs todas as suas políticas e colheu rendas e recursos de todos os submetidos a seu tacão. Na derrocada agora do sistema capitalista (que somente sobrevive por falta de alternativa), que fizeram os EUA? Começaram a alardear que ser nacionalista é crime, o negócio é "globalizar".

E apesar de dentro de casa continuarem nacionalistas, espalharam pelo mundo a idéia de que renunciar à tal pretensão é a verdadeira chave para a conquista de posições e a verdadeira medida na ascensão para o chamado primeiro mundo.

No Brasil, precisaríamos apenas de classe dirigente engajada com as necessidades de seu povo, colocando a educação em primeiro plano e afastando a alienação absoluta através da conscientização plena do cidadão. É esse o único caminho.

Por isso, no primeiro passo em direção à soberania, que todos tomem conhecimento do que possuímos e devemos preservar. As ações do general Madureira começam por aí.

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