- 07 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor
Brasília - Não fazem nem três dias a coluna abordou o cinismo puro que vai vigorar na próxima eleição com candidatos até há pouco tempo antagônicos e hoje unha e carne. Agora, vem o novo diretor da Bovesa, Aniceto Wanderley falar que não aceitará ingerência política na sua administração, nem de Romero Jucá, seu padrinho. Cara de pau maior, no momento, impossível.
É claro. É lógico. É evidente que quem assume qualquer cargo desses por indicação política tem o dever e a obrigação de acomodar situações para quem que o indicou, caso isso não existisse, não seria indicação política. E logo a indicação partindo de Romero Jucá. Por outro lado, Aniceto é um sujeito reconhecidamente maleável às acomodações políticas... acorda, Alice!
Tudo bem que Aniceto até acredite que dirigirá a Bovesa sem qualquer ingerência ou sugestão alheia ou de Jucá. A Xuxa acredita em duendes. Jura de pés juntos que já viu e conversou com um deles. A cantora Baby do Brasil (ex-Consuelo) já foi abduzida por extraterrestres. A minha filha Isadora, de sete anos, acredita em Papai Noel e na Fada do Dente. Há uma semana, arrancou um dentinho, colocou-o debaixo de travesseiro e noutro dia de manhã estava no lugar do dente uma moeda de um real. A Fada do Dente existe!
Assim sendo, com duendes, abduções, Papai Noel e Fada do Dente, por que Aniceto Wanderley, tão pragmático nos seus negócios, não pode acreditar que atuará na Bovesa independente de qualquer pressão de Romero Jucá, seu tutor?
Se conselho fosse bom, se vendia. Mas esse é de graça: Entre falar besteira e absurdos. O melhor é ficar calado.
No mais, é óleo de peroba pra ilustrar a madeira. Ou a cara, mesmo.
Ensinando vencedores