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Justiça tira controle da Equatorial das mãos de grupo ligado a Romero Jucá

O juiz da 6ª Vara Cível Mozarildo Cavalcanti, da Justiça de Roraima, expediu liminar esta tarde na qual destituiu o empresário Emílio Surita, irmão da prefeita Teresa Jucá (PPS), da direção da Rádio Equatorial e da TV Imperial, devolvendo a gerência do grupo de comunicação para os empresários José Renato Adad e Márcio Junqueira.


Luiz Valério

Colaborador do Fontebrasil

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O juiz da 6ª Vara Cível Mozarildo Cavalcanti, da Justiça de Roraima, expediu liminar esta tarde na qual destituiu o empresário Emílio Surita, irmão da prefeita Teresa Jucá (PPS), da direção da Rádio Equatorial e da TV Imperial, devolvendo a gerência do grupo de comunicação para os empresários José Renato Adad e Márcio Junqueira.

 

Junqueira e Adad reassumiram o comando do Sistema Imperial de Comunicação por volta das 15h desta sexta-feira e encontraram a rádio totalmente dilapidada. Segundo queixa prestada por eles no 1º Distrito Policial, vários equipamentos vitais ao funcionamento da Rádio Equatorial foram retirados. "Estamos prestando queixa por apropriação indébita", explicou o advogado Alex Ladislau.

 

Depois de mais de um mês de ter assumido o comando das emissoras, numa transação feita pelo também empresário Juan Saragowitz, irmão do ex-deputado federal falecido Moisés Lipnik, Emílio Surita teve que devolver o comando das emissoras para a direção anterior.

 

Ladislau, advogado constituído por Márcio Junqueira e José Renato Adad convenceu o juiz Mozarildo Cavalcanti de que houve irregularidade no repasse da direção das emissoras para Emílio Surita, ligado ao grupo político do senador Romero Jucá. "Ninguém pode assentar nenhum documento sobre veículo de comunicação na faixa de fronteira sem o conhecimento do Ministério das Comunicações", explicou Márcio Junqueira.

 

Alex Ladislau disse que existe uma alteração nas cotas de participação do Sistema Imperial, datada de 5 de agosto de 2002, segundo a qual Juan Saragowitz repassa sua parte na sociedade para José Renato Adad, que se torna assim em sócio-majoritário do sistema.

 

No entanto, no início desse semestre o próprio Juan voltou a repassar sua cota para Emílio Surita quando já não fazia mais parte da sociedade, segundo explicou o advogado. Essa transação foi considerada irregular pelo juiz Mozarildo Cavalcanti.

 

 

 

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