- 12 de novembro de 2024
BRASÍLIA - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, renunciou, nesta segunda-feira, ao seu mandato de deputado federal.
- Devo uma satisfação aos 158 cidadãos de São Paulo, que não terão motivos para deixar de acreditar na dignidade e honra do meu nome. Para provar perante a CPI e a Justiça a boa fé dos meus atos e de parlamentares da bancada do PL, renuncio ao mandato de deputado federal - afirmou em discurso no Plenário da Câmara.
Com isso, Costa Neto consegue manter seus direitos políticos e se livra de um eventual processo de cassação.
Em seu discurso, o presidente do PL confirmou que recebeu dinheiro irregular do PT e se justificou dizendo que foi "induzido ao erro". "Reconheço que fui induzido ao erro. Fui induzido ao erro quando aceitei receber recursos destinados à campanha sem a devida documentação que oficializasse a documentação."
"Neste momento, senhor presidente, assumo a única e absoluta responsabilidade por esse ato. Isso quer dizer que nenhum membro do Partido Liberal pode ser responsabilizado pelo que foi decidido ou praticado por mim", afirmou Costa Neto. "Para provar, sem qualquer subterfúgio perante a CPI e a Justiça, a boa-fé de meus atos e a inocência de parlamentares que compõem a base do Partido Liberal, comunico a mesa da Câmara a renúncia do meu mandato de deputado federal", acrescentou.
Apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos envolvidos no esquema do "mensalão", Costa Neto entrou com representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Segundo o presidente do PL, Jefferson fez as denúncias sem apresentar provas.
"Não podemos permitir que um delinqüente que foi o primeiro a ser acusado nesta Casa possa sair livre das penas da lei e do julgamento político. Exijo que Roberto Jefferson sente na banca dos acusados para responder por seus crimes", disse Costa Neto.
Sérgio Lima/FI |
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto |