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Chico e Frankembergen avaliam risco de governabilidade

Chico e Frankembergen avaliam risco de governabilidade

Risco de ingovernabilidade depende do depoimento do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, marcado para amanhã, 2. É o que pensam os deputados federais Chico Rodrigues (PFL) e Pastor Frankembergen (PTB).

Por Edersen Lima,
10 de agosto de 2011
em Opinião Formada

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Por Marlen Lima

Brasília - Risco de governabilidade do país depende do depoimento do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, marcado para amanhã, 2. É o que pensam os deputados federais Chico Rodrigues (PFL) e Pastor Frankembergen (PTB).

Segundo eles, se os indícios aumentarem e ficar pesar suspeitas de que o presidente Lula sabia dos negócios escusos que foram fechados por parte da cúpula do seu partido, o PT, ele terá sua permanência na Presidência da República ameaçada.

Chico e Frankembergen reconhecem que Lula ainda está com a popularidade em alta, e torcem para que o presidente não esteja envolvido nas negociatas que o PT cometeu para viabilizar empréstimos para seu o partido e no caso do mensalão - pagamento de deputados para votar a favor do governo.

- Espero que o presidente não esteja envolvido nisso, mas pode ter havido uma omissão por parte dele, no que se refere em não saber tudo que se passa na sua gestão e não tomar logo providências. Sabemos que o Brasil é grande e isso é um complicante, pois governar um país desse tamanho não é fácil. Mas ainda assim o que nos preocupa é que o que ocorreu foi no primeiro escalão do governo federal", diz Pastor Frankembergen.

DIA D - Chico Rodrigues comunga desse mesmo pensamento, e diz que amanhã (02), "é o dia D, devido ao depoimento do deputado José Dirceu, na Comissão de Ética da Câmara. Ele já declarou que não vai sozinho, ou seja, ele tem muito a dizer e sabe de muita coisa", ressalta o parlamentar.

Para os dois deputados todo esse processo de CPI´s já está atrapalhando o andamento dos trabalhos legislativos. "A atual situação que o País vive nos preocupa. Se uma CPI já é grave, pior tendo três CPI´s. E isso está envolvendo todo o Congresso, já que temos parlamentares expoentes da política nacional envolvidos diretamente e que devem ser cassados", revela Chico Rodrigues.

Pastor também revela que é inevitável a cassação de mandatos dos políticos, "e segundo a própria imprensa noticiou já tem 19 parlamentares que já podem ser cassados, só com o que já foi apurado. E espero que isso tudo não termine em pizza".

NADA DE ACORDÃO

Chico Rodrigues e Pastor Frankembergen revelam que são contra o acordo que vem sendo trabalhado pelos deputados do PL com os deputados do PT para que seja negociada a suspensão das denúncias na Comissão de Ética da Câmara, o que resultaria na suspensão de cassação tanto do deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ), bem como dos deputados José Janene (PP/PR), Pedro Côrrea (PP/RJ), Valdemar Costa Neto (PL/SP) e José Dirceu (PT/SP), além de outros.

Segundo Pastor Frankembergen, "hoje (01) o deputado Roberto Jefferson estaria dando entrada no pedido de cassação dos mandatos dos deputados (citados acima) na Comissão de Ética. Pelo menos essa era a previsão do que aconteceria. Pois sou totalmente contra o acordo, e até o momento o partido não parou para discutir este assunto".

Chico revela também que o PFL tem mantido firme a posição de ser contra o acordão, "que sou contra esse acordo, mas sou pela a favor da governabilidade". Porém, o deputado, que tem laços estreitos com os militares, diz que tem ouvido murmúrios por parte de certos grupos de militares que estão preocupados, "que se movem no sentido de que se encontre uma solução constitucional para a atual crise, que está se agravando a cada dia. Existe por parte dos militares uma inquietação em relação a tudo isso, onde eu não descarto uma ação mais incisiva dos militares".

Frankembergen diz que não acredita que os militares venham tomar qualquer posição radical nesse processo, "por já estarem inseridos no processo democrático e eles não teriam espaço para agir dessa maneira. O que é preciso é que o governo federal olhe com mais atenção à situação desses militares".