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SINTER - Ação das polícias de RR e SP acaba na prisão de advogado

A delegada titular da Central de Inquérito, Cândida Alzira Bentes Magalhães falou sobre a continuidade da operação "Coruja", que culminou na prisão do advogado Eduardo Henrique Perri, no Estado de São Paulo. Ele é acusado de envolvimento nas fraudes ocorridas na negociação dos precatórios do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Sinter.


A delegada titular da Central de Inquérito, Cândida Alzira Bentes Magalhães, rece-beu a imprensa às 15 horas de hoje, na Sala de Reuniões da Secretaria de Segurança Pública para falar sobre a continuidade da operação "Coruja", que culminou na prisão do advogado Eduardo Henrique Perri, no Estado de São Paulo. Ele é acusado de envolvimento nas fraudes ocorridas na negociação dos precatórios do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Sinter.
A prisão dele ocorreu na cidade de São Paulo, no último sábado, após uma ação con-junta da Polícia Civil de Roraima, com a Polícia daquele Estado.
De acordo com informações da delegada Cândida Magalhães, quando foi ouvido em depoimento em fevereiro deste ano, o ex-presidente do Sinter, Carlos Alberto Vieira, o "Carlão", informou que havia recebido da empresa EPA empreendimentos, pertencente ao advogado, a importância de R$ 58.785 mil no ano de 2003 e, que esta empresa era quem intermediava os precatórios cm outras empresas do País.
Durante as investigações, a delegada realizou inúmeras diligências e no decorrer dos trabalhos descobriu que o advogado Perri e o ex-sindicalista Carlão estavam negociando precatórios com uma empresa do Sul do País. Esta empresa, que não teve o nome divulgado, informou à Polícia de Roraima que comprou 65 milhões de Reais de precatórios que seriam pagos com deságios de R$ 26 milhões. Sendo que já havia sido repassada a eles a importância de oito milhões de Reais.
Esta empresa do Sul do País informou também à Polícia que tinha descoberto que as certidões e decisões da Justiça do Trabalho estavam falsificadas e que por isso não estava mais fa-zendo repasse de dinheiro ao advogado Perri e a Carlão. Porém, esta empresa estava sendo pressio-nada pelos dois para continuar fazendo os pagamentos.
A delegada Cândida Magalhães disse também que a Justiça do Trabalho informou que pelo menos três empresas estavam negociando precatório com certidões e decisões falsificadas.
A prisão do advogado foi pedida à Justiça, segundo a delegada, porque havia indí-cios de formação de quadrilha. A delegada já relatou o inquérito que apura as fraudes dos precató-rios do Sinter, porém os resultados de várias diligências que estavam sendo realizadas ainda estão chegando e pode implicar ainda em outras prisões.
O advogado Perri chega a Boa Vista às 23h50 de hoje, sendo escoltado por um agen-te de Polícia de Roraima. Ele ficará custodiado numa das Unidades da Polícia Civil.

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