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PT quer usar a crise para defender reforma política

O PT montou um grupo para gerenciar a crise política em que se envolveu desde que virou alvo das acusações do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Hoje à noite, um conselho político da executiva nacional se reunirá com as comissões políticas das bancadas na Câmara e no Senado.




Soraya Aggege

SÃO PAULO. O PT montou um grupo para gerenciar a crise política em que se envolveu desde que virou alvo das acusações do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Hoje à noite, um conselho político da executiva nacional se reunirá com as comissões políticas das bancadas na Câmara e no Senado, às 19h, em Brasília. Duas táticas a serem seguidas já estão praticamente definidas. Uma das estratégias será uma ofensiva contra a corrupção na política. O PT deve lançar no diretório nacional, que se reúne no dia 18, uma campanha em todos os estados pela reforma política. Um dos alvos da campanha serão os escândalos que envolveram os governos do PSDB.

Petistas querem mostrar que não há provas

Com a campanha, o PT voltaria a funcionar como estilingue contra o troca-troca de partidos e o financiamento imoral das campanhas políticas. Por exemplo, saindo do papel de alvo de acusações de falcatruas partidárias. A outra estratégia será de defesa. O PT pretende esclarecer as suas bancadas sobre o episódio que envolve o tesoureiro nacional do partido, Delúbio Soares. A idéia é esclarecer internamente todos os pontos das denúncias de Jefferson e mostrar que não há provas contra Delúbio.

- A reunião de amanhã (hoje) vai servir para combinar movimentos coordenados de defesa do partido. O caso será mais um episódio onde tentaram nos difamar - disse um dirigente petista.

Outra estratégia será usar as CPIs e a própria campanha para atacar também o PSDB, revelou o petista. A insistência do PT na campanha pela reforma política visa também a resgatar escândalos que envolveram os governos tucanos.

Rebeldes do partido vão tentar falar com Lula

De outro front, irritados com a cúpula do partido, o grupo de parlamentares rebeldes do PT vai se reunir à tarde, no Salão Verde da Câmara, e tentar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que defende o afastamento de Delúbio Soares, já pediu a audiência a Lula.

- Ponderei ser de tamanha importância para o PT os esclarecimentos completos sobre as denúncias do Roberto Jefferson, que o partido deve conceder licença remunerada ao Delúbio, para que ele possa preparar e reunir documentos para a sua defesa - explicou o senador.

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