- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima A história já tem mais de 40 anos, e agora toma novos contornos. Trata-se de uma briga envolvendo mais de um mil quilômetros quadrados de terras na fronteira entre os estados do Amazonas e do Acre. Numa ação, que segundo o deputado federal Átila Lins (PPS/AM), totalmente política, o Acre teve uma primeira vitória quando conseguiu que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desse um laudo favorável na disputa dos 1.184 quilômetros quadrados de terra, que envolvem seis municípios amazonenses. Estes que começam a ter prejuízos nos recursos federais devido a essa determinação do órgão federal. Para Átila Lins, a decisão do IBGE deve ser sustada até que a Justiça dê uma posição definitiva sobre o processo, "já que tanto o governo do Amazonas entrou com recursos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como, eu entrei com um Decreto-Legislativo, na Comissão de Justiça, na Câmara, pedindo que seja sustado essa decisão para que tudo seja resolvido após uma decisão do STF", disse o parlamentar. Segundo Átila, o Amazonas não pode perder parte do seu território, "quando isso tem prejudicado os municípios de Envira, Guaporé, Ipixuna, Eirunepé, Boca-do-Acre e Pauini, quando o Tribunal de Conta da União determinou a perda do Fundo de Participação Municipal (FPM)". E isso tudo ocorreu, afirma o deputado amazonense, porque esses municípios perderam território e população, quando foram transferidos para o estado do Acre. JUSTIÇA FEITA - LIMITE - Para Mestrinho, o que deve ser respeitado é o que determina o limite territorial acima exposto entre os dois Estados. O senador revela ainda que como a questão está na esfera do Judiciário, "nós do Senado Federal não temos ingerência. Mas lamentavelmente, essa situação está prejudicando os municípios de Guajará e Envira, entre outros, em conseqüência da redução do Fundo de Participação dos Municípios. E isso é o que mais nos preocupa".