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AMAZONAS E ACRE DISPUTAM TERRAS

A história já tem mais de 40 anos, e agora toma novos contornos. Trata-se de uma briga envolvendo mais de um mil quilômetros quadrados de terras na fronteira entre os estados do Amazonas e do Acre.


Por Marlen Lima

A história já tem mais de 40 anos, e agora toma novos contornos. Trata-se de uma briga envolvendo mais de um mil quilômetros quadrados de terras na fronteira entre os estados do Amazonas e do Acre.

Numa ação, que segundo o deputado federal Átila Lins (PPS/AM), totalmente política, o Acre teve uma primeira vitória quando conseguiu que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desse um laudo favorável na disputa dos 1.184 quilômetros quadrados de terra, que envolvem seis municípios amazonenses. Estes que começam a ter prejuízos nos recursos federais devido a essa determinação do órgão federal.

Para Átila Lins, a decisão do IBGE deve ser sustada até que a Justiça dê uma posição definitiva sobre o processo, "já que tanto o governo do Amazonas entrou com recursos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como, eu entrei com um Decreto-Legislativo, na Comissão de Justiça, na Câmara, pedindo que seja sustado essa decisão para que tudo seja resolvido após uma decisão do STF", disse o parlamentar.

Segundo Átila, o Amazonas não pode perder parte do seu território, "quando isso tem prejudicado os municípios de Envira, Guaporé, Ipixuna, Eirunepé, Boca-do-Acre e Pauini, quando o Tribunal de Conta da União determinou a perda do Fundo de Participação Municipal (FPM)". E isso tudo ocorreu, afirma o deputado amazonense, porque esses municípios perderam território e população, quando foram transferidos para o estado do Acre.

JUSTIÇA FEITA -

LIMITE -

Para Mestrinho, o que deve ser respeitado é o que determina o limite territorial acima exposto entre os dois Estados. O senador revela ainda que como a questão está na esfera do Judiciário, "nós do Senado Federal não temos ingerência. Mas lamentavelmente, essa situação está prejudicando os municípios de Guajará e Envira, entre outros, em conseqüência da redução do Fundo de Participação dos Municípios. E isso é o que mais nos preocupa".

O senador Gilberto Mestrinho (PMDB/AM) revela que ainda quando era governador do Amazonas encomendou na época uma comissão para, "junto com representante do Acre e do Ministério da Justiça, estudasse o assunto em profundidade, objetivando que o Amazonas não se afastariam do limite da linha territorial Cunha Gomes. Efetivamente, essa linha era o limite entre o Amazonas e o Acre, desde que o território foi criado em 1943", afirma ele.
Para tanto, assegura Átila Lins, "e para não ficar a mercê da lentidão da Justiça, bem como da própria Câmara", está sendo exposto aos prefeitos dos municípios do Amazonas, "que entrem com ação junto à Justiça estadual, para que tenham a reintegração de posse de terra. Assim como já ocorreu com Guajará, Ipixuna e Envira que conseguiram ter suas terras de volta, e assim a Justiça determinou o pagamento restante do FPM que ora foi perdido", informou o parlamentar.

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