- 12 de novembro de 2024
Zé Pretinho, digo, José, pequenino afro-descendente, encontrou-se com Cego Aderaldo, digo, Aderaldo, deficiente visual completo, na casa do Anão Zeferino, digo, Zeferino, homem prejudicado verticalmente, para junto de João-cabeça-chata, digo, João, cearense, de crânio disforme e retilíneo na parte superior, discutirem a Cartilha do Politicamente Correto. Quando Turco Jamil, digo, Jamil, negociante procedente da Síria, barbeiro como ele só, digo, inapto ao volante de veículos automotores, ao estacionar seu veículo, jogou lama na cabocla Jandira, digo, Jandira, ameríndia aculturada, que acompanhava Beata Zefinha, digo, Josefa, católica militante, freqüentadora assídua da igreja, no caminho de volta pra casa, ouviu da velha beata, digo, católica militante, de idade avançada, freqüentadora assídua da igreja:
- Vou processar esse turco barbeiro!
- Olha, brima, berdoa!!! Agora, brima..., eu vai brocessar brima... Brima tá chamando sírio turco e ofendendo cabeleireiro quando chama sírio barbeiro. - Retrucou ameaçadoramente Turco Jamil, digo, Jamil, negociante procedente da Síria.
- Não me chame de prima! Esse termo é politicamente incorreto. Prima é usado para as prostitutas, digo, mulheres de vida fácil, digo, quengas..., sei lá..., mercadoras de sexo lá na minha terra... - Rebateu Beata Zefinha, digo, Josefa, católica militante, freqüentadora assídua da igreja.
Poucos dias antes da distribuição - e precoce recolhimento - da Cartilha "Politicamente Correto & Direitos Humanos", nosso presidente ofendeu as regiões glúteas do povo brasileiro quando tratou-as por traseiro. Será que Lula não teve acesso à malfadada cartilha? O Ministério da Educação ao abrir cotas para negros e índios nas universidades, também feriu o contexto do livreco; para ser politicamente correto, deveria tratá-los por afro-brasileiros e ameríndios do Brasil.
Depois do fiasco de duas ridículas cartilhas, nosso presidente, num rasgo político, convocou a imprensa para mostrar o novo passaporte brasileiro; modificações dentro dos padrões da ONU foram feitas nesse documento para inibir a sua falsificação. Parabéns pela iniciativa. A inscrição "MERCOSUL" na capa do novo passaporte, pode ser válida para, devagar, ressuscitar este natimorto bloco comercial. Talvez a tentativa seja louvável.
Lá dentro da nova identidade internacional um texto de três linhas, que se presume escrito em espanhol, traz seis erros de grafia (Istoé 1857, 18/05/05). Se o Ministério das Relações Exteriores acha desnecessário que diplomatas falem outras línguas, porque exigi-lo do Ministério da Justiça? Ora, se nossos governantes não prezam a língua portuguesa, porque preocupar-se com idiomas estrangeiros?
O sítio Fontebrasil mostra, no dia 16 de maio, que o dízimo recolhido pelo PT cresceu mais de sete vezes depois de sua chegada ao poder; claro, então, que o número de funcionários e/ou seus salários aumentaram proporcionalmente a essa receita. A qualidade do serviço público, entretanto, caiu vertiginosamente no mesmo período. Os exemplos estão aí: estradas intransitáveis, idosos morrendo nas filas do INSS, doentes morrendo em filas de atendimento, crianças morrendo por falta de atendimento apropriado, índios morrendo de fome em suas reservas, casas desmoronando sobre seus habitantes nessas mesmas reservas, policiais formando quadrilhas e promovendo chacinas, morte de presos sob a guarda do Estado, ongs recortando o território brasileiro, banqueiros extorquindo os cidadãos, tarifas públicas aumentando insuportavelmente, educação caótica e sem esperanças de melhoras, etc.
Se Fernando Collor fosse petista, afirmaria em legítimo portunhol:
- Nosso governo continuará sua linha de ação, "duela a quem duela".
Enquanto isso, Lula estaria tomando rum com "cueca-cuela" ao som de "Taico-taico no fiúba".
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