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Jucá empobreceu. No papel - Revista Época


SÃO PAULO - Entre 1994 e 2002, o patrimônio do ministro da Previdência, Romero Jucá, foi transferido em boa parte para o nome de parentes e amigos, o que segundo especialistas poderia indicar uma tentativa de esconder o valor da sua renda. A denúncia está publicada na edição da revista "Época" que circula nesta semana. Intitulada "Jucá empobreceu. No papel", a reportagem compara a declaração de renda apresentada em 1994, quando Jucá se elegeu senador pela primeira vez, e a de 2002, data da sua reeleição. Segundo a declaração apresentada em 1994 ao Tribunal Regional Eleitoral de Roraima, o patrimônio do atual ministro da Previdência era composto por uma casa e salas comerciais em Brasília, uma casa e três terrenos em Pernambuco (onde nasceu), e uma casa em Boa Vista e uma fazenda de 1.091 hectares no interior de Roraima.


Revista Época publica nova denúncia contra Jucá O Globo SÃO PAULO - Entre 1994 e 2002, o patrimônio do ministro da Previdência, Romero Jucá, foi transferido em boa parte para o nome de parentes e amigos, o que segundo especialistas poderia indicar uma tentativa de esconder o valor da sua renda. A denúncia está publicada na edição da revista "Época" que circula nesta semana. Intitulada "Jucá empobreceu. No papel", a reportagem compara a declaração de renda apresentada em 1994, quando Jucá se elegeu senador pela primeira vez, e a de 2002, data da sua reeleição. Segundo a declaração apresentada em 1994 ao Tribunal Regional Eleitoral de Roraima, o patrimônio do atual ministro da Previdência era composto por uma casa e salas comerciais em Brasília, uma casa e três terrenos em Pernambuco (onde nasceu), e uma casa em Boa Vista e uma fazenda de 1.091 hectares no interior de Roraima. Na declaração de 2002, porém, Jucá só informou a posse de R$ 230 mil em dinheiro e um terreno na Praia de Pau Amarelo, em Pernambuco, avaliada pelo próprio ministro em R$ 4 mil. Mas segundo "Época", uma investigação junto a cartórios de Brasília, Recife e Roraima mostrou que os "bens saíram do Imposto de Renda, mas continuaram muito próximos de Jucá". Um dos casos relatados é o da casa de Brasília localizada no Lago Norte (uma das áreas mais valorizadas da cidade), onde Jucá mora com os filhos e a mulher, Teresa, prefeita de Boa Vista, quando ela vai ao Distrito Federal. Jucá e Teresa passaram o imóvel para o nome dos quatro filhos, mas mantiveram o "usufruto vitalício". Isso significa que os filhos são os donos no papel, mas só poderão vender a casa - avaliada em R$ 700 mil - depois da morte dos pais. A casa de Recife, na Rua Minas Gerais, também sumiu da declaração de 2002, mas abriga a Diagonal Urbana Consultoria. Empresa criada pelo irmão de Jucá, Álvaro, a Diagonal ganhou em 2001 um contrato de R$ 1,8 milhão com a Prefeitura de Boa Vista, na gestão de Teresa Jucá. Detalhe: foi a única candidata na licitação. De acordo com a reportagem, o contrato deveria durar 36 meses, mas a prefeitura pagou tudo no primeiro ano e ainda fez um aditivo para pagamento extra de R$ 425 mil. A revista ouviu especialistas em tributação para analisar a mudança entre as declarações apresentadas pelo ministro. Na "hipótese positiva", a reportagem afirma que seria uma forma de antecipar a transmissão de bens que seriam repassados mais tarde em herança. Mas segundo os especialistas também poderia indicar a tentativa de Jucá de esconder o real valor do seu patrimônio pessoal. Veja a matéria publicada na revista Época

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