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Morte por morte, sou mais as das crianças - Por Marlen Lima

Volto a repetir, morte por morte, prefiro defender as criancinhas indefesas do Mato Grosso, índios que estão cada vez mais sem espaço nesse país que um dia foi deles. Aos mortos do Rio, cada povo tem o que merece. E isso sem bairrismo, só estou defendendo os mais indefesos.


O governo federal vive momentos delicados não só na política como em vários setores primordiais como saúde e segurança. Ainda que as campanhas institucionais do governo Lula digam contrário, basta vermos o que tem saído na mídia em que a violência tem mostrado sua cara ainda mais agressiva e que o povo brasileiro está, e muito, sem assistência médica pública. No caso de saúde, e que de certo ponto é também um caso de violência contra os direitos básicos de cada cidadão brasileiro, as mortes nos hospitais púbicos, justamente por falta de atendimento médico eficaz, atuante, tem chamado atenção da sociedade. Basta ver que nesse caso o governo tratou de interditar hospitais e centros médicos no Rio, como busca de uma solução dado o entrave político entre a prefeitura do Rio com o governo federal. O Rio novamente tem aparecido e a sociedade carioca bem como e brasileira tem ficado estarrecida com tamanha violência. 30 pessoas foram assassinadas por grupo de extermínio. Logo de mediato, mais uma vez o governo federal se esforça de forma especial para atender e amenizar a violência naquela região. Ora, nos dois casos, ainda que ocorram no Rio, que é um Estado dos mais pujantes e representativos por toda sua beleza natural e do seu povo extrovertido, a saúde e a violência chamam a atenção. Mas não menos deveria também chamar a atenção são os casos de mortes dos indiozinhos em Mato Grosso, quando praticamente quase todo dia uma criança indígena é morta, sem interessar se entre essas mortes muitas são de bebês. E isso já foi noticiado, mas as crianças continuam morrendo, e nada mudou. UM MONSTRO CHAMADO FUNAI A Funai, órgão que deveria agir em prol dos índios é como sempre omissa, desinformada, inoperante. Sua ação tem sido ineficaz, inexistente há tempos, mas o governo nada muda isso. E é difícil acreditar que nos dias de hoje com tanta comunicação rápida, o governo não tome providências idênticas ao que fez no Rio, e acabe com as mortes dos indiozinhos, que são crianças totalmente indefesas. Já no caso da imprensa nacional que num primeiro momento noticiou, mas parou quando devia continuar noticiando as mortes quase que diárias desses indiozinhos. Penso que morte por morte no caso do Rio a violência é algo que está à beira do descontrole, mas ainda assim é um problema social amplo, em que sociedade carioca tem sua parcela de culpa. Já no caso dos indiozinhos que estão morrendo de fome, de desnutrição, de assistência médica é algo que pode ser solucionado de forma mais simples e eficaz, basta ao governo federal agir em somatória com os governos estadual e municipal. Um caso simples de ser resolvido se a Funai realmente tivesse levado o caso como deveria ao conhecimento do governo. Mércio Pereira é um dos males ao povo indígena, ms ele continua na presidência da Funai, e o governo nada muda, nada ouve, nada vê. A mídia nacional agiu, ainda que tenha parado de noticiar, mas mais uma vez o governo nada fez. Volto a repetir, morte por morte, prefiro defender as criancinhas indefesas do Mato Grosso, índios que estão cada vez mais sem espaço nesse país que um dia foi deles. Aos mortos do Rio, cada povo tem o que merece. E isso sem bairrismo, só estou defendendo os mais indefesos. *Jornalista

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