- 19 de novembro de 2024
O Tribunal de Constas da União confirmou o esquema de desvio dinheiro do Tribunal Regional Eleitoral, que cuminou com a Operação Pretorium, da Polícia Federal, que cuminou com a prisão de servidores e familiares de magistrados envolvidos com irregularidades do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima. Ao todo foram cumpridos 7 (sete) mandados de prisão e 3 (três) mandados de busca e apreensão. O TCU iniciou o trabalho em Roraima, junto ao TRE no dia 15 de fevereiro e encerrou no dia 18 de março. Ontem, foram encaminhados cópias dos relatório do TCU confirmando as denuncias as autoridades judiciárias do Estado. O Advogado do desembargador Mauro Campelo, hoje presidente do Tribunal de Justiça de Rorama, que na época era presidente do TRE, Paulo Ramalho disse que o relatório está errado, e vai pedir a suspenção dos auditores que fizeram o relatório. História Durante as investigações, que iniciaram em agosto de 2004 à pedido do Ministério Público Federal, foram detectadas diversas irregularidades no TRE de Roraima, atinentes ao pagamento indevido de diárias e a omissão administrativa em adotar providências que assegurassem o ressarcimento ao erário público. Paralelamente, foram desenvolvidos trabalhos de análise dos dados coletados pelo serviço de inteligência. Entre as irregularidades encontradas estavam "viagens fantasmas", onde o servidor simula um deslocamento para fora da sede de trabalho e permanece na cidade, recebendo as diárias correspondentes ao período de viagem constante no documento; viagens graciosas, quando servidores, viajam sob a alegação de participar de eventos oficiais, dentro e fora do país, e se ocupam também de atividades de caráter pessoal, completamente estranha à justificativa declarada, beneficiando-se com passagens aéreas e diárias pagas pelo TRE/RR; fraude na concessão de horas extras; e desvio de verbas públicas destinadas às eleições de 2004; além de um esquema de repasse de salários, onde alguns servidores ocupantes de cargos comissionados eram obrigados a repassar boa parte de seus salários para esposa ou para a sogra de um desembargador do TRE, sob pena de perderem seus cargos. Segundo o superintendente da Polícia Federal em Roraima, delegado José Francisco Mallman, "esta é a conclusão apenas da 1ª fase das investigações". A PF espera que a análise dos documentos leve a outras pessoas envolvidas no esquema. Ao todo participaram da operação 63 policiais federais das superintendências de Roraima, Amazônia e Rondônia. Os presos devem ser encaminhados para a cadeia pública de Boa Vista.