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Ministro dá nova versão sobre as garantias a banco

O ministro Romero Jucá mudou a versão que vinha apresentando desde a revelação, no último dia 28, de que ofereceu como garantia sete propriedades rurais inexistentes no Amazonas a um empréstimo do Basa (Banco da Amazônia). Em nota divulgada por seu assessor no último dia 28, Jucá havia atribuído toda a responsabilidade a outro ex-sócio, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira. Na última quinta-feira, a Folha publicou documentos que mostravam que, em 12 de agosto de 1996, data da apresentação das garantias, Jucá ainda era o dono da empresa.


Folha de S. Paulo O ministro Romero Jucá mudou a versão que vinha apresentando desde a revelação, no último dia 28, de que ofereceu como garantia sete propriedades rurais inexistentes no Amazonas a um empréstimo do Basa (Banco da Amazônia). Em nota divulgada por seu assessor no último dia 28, Jucá havia atribuído toda a responsabilidade a outro ex-sócio, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira. Na última quinta-feira, a Folha publicou documentos que mostravam que, em 12 de agosto de 1996, data da apresentação das garantias, Jucá ainda era o dono da empresa. Ontem, em reportagem publicada pelo jornal "Folha de Boa Vista", de Roraima, do empresário Getúlio Cruz, o ministro afirma, pela primeira vez, que Cruz teve papel importante na apresentação das garantias ao Basa. Cruz, na época, era sócio de Jucá. Ambos assinam o documento pelo qual o Basa aceitou as garantias. "O Getúlio, que era quem geria os negócios da empresa e único interlocutor nosso junto ao Basa, encaminhou ofício à agência local pedindo que tais propriedades fossem avaliadas pelos técnicos do banco. Foi também encaminhado um Laudo de Avaliação feito por uma empresa credenciada junto ao banco, que poderia servir de base para tanto. Qualquer pessoa de bom senso e que não tenha motivação política há de concordar que a obrigação de verificar o valor, a existência e o estado de bens dados em garantia, numa operação bancária, é do agente financeiro", disse o ministro ao jornal. A assessoria de Jucá não confirmou nem desmentiu as declarações atribuídas a ele. Procurado ontem, por meio de sua assessoria, Jucá não respondeu a um pedido de entrevista nem deu informações sobre o uso de uma parte do dinheiro do FNO para quitar empréstimos tomados no próprio Basa. Na entrevista concedida à Folha em 11 de março, Jucá disse que os recursos obtidos por outros créditos -que acabaram quitados pela primeira parcela de R$ 750 mil- foram obtidos com o objetivo de injetar recursos na Frangonorte (RV)

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