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Romero Jucá evita grande imprensa e se defende em jornal de ex-sócio

"Querem politizar uma questão judicial bancária", alega Romero. Mas se tornou política quando ele virou ministro, pois presume-se que para responder tal cargo o sujeito não tenha suspeitas de atos como fraude. E se tornou judicial bancária porque foi dado um calote que hoje está em R$ 18 milhões. O dinheiro entrou em conta de outras empresas e não se tem notícia em quê foi empregado no Frangonorte. E, por que aceitar um empréstimo depois de tanto tempo? Se aceitou, tem que pagar, não é?


Brasília - Depois de duas semanas, o ministro da Previdência Romero Jucá resolveu se defender das acusações de fraude para liberação de recursos do Basa para a empresa da qual era dono, a Frangonorte. Romero se explicou num jornal de Boa Vista, pertencente a Getúlio Cruz, que era sócio do ministro no Frangonorte. Ele desmente a Folha de S. Paulo e culpa o projeto inicial da empresa e o Basa pelo fracasso da gestão do Frangonorte. Porém, não explica por que levou tanto tempo para se defender e nada do que foi publicado hoje em Boa Vista foi dito para a grande imprensa que vem cobrindo o caso. Nem o ministro, nem o seu ex-sócio Getúlio Cruz não entraram no mérito de explicar como o banco, desde o início, como comprovam os documentos do processo de cobrança, não aceitou a troca de sócios e a transferência de quem devia o empréstimo, como tentaram dos dois emplacar. "Querem politizar uma questão judicial bancária", alega Romero. Mas se tornou política a partir do momento em que virou ministro da Previdência, pois presume-se que para responder tal cargo o sujeito não tenha nenhuma nuvem de suspeita de atos como calote e fraude. E se tornou judicial bancária porque foi dado um calote que hoje está em R$ 18 milhões. Se a culpa é do Basa ou é do projeto inicial do Frangonorte, isso parece ser o de menos, pois nada justifica que o empréstimo não tenha sido empregado como a proposta de obtê-lo prometia. Além, do que, revendeu-se frangos da Chapecó e da Sadia, onde se prometia fornecimento de aves regionais. O dinheiro entrou em conta de outras empresas e não se tem notícia em quê foi empregado no Frangonorte. E, por que aceitar um empréstimo depois de tanto tempo? Se aceitou, tem que pagar, não é?

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