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Lula diz que irá ao funeral e deseja novo papa latino-americano

Brasília, 3 abr (EFE).- O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje, sábado, que irá ao funeral do papa João Paulo II para prestar uma homenagem a um operário como ele, e que deseja que o novo pontífice seja latino-americano, preferencialmente brasileiro. Em breve declaração à imprensa, concedida na Granja do Torto, Lula confirmou sua viagem a Roma para assistir às honras fúnebres de João Paulo II. "É o mínimo que um operário pode fazer por outro operário", afirmou o presidente.


Lula diz que irá ao funeral e deseja novo papa latino-americano Brasília, 3 abr (EFE).- O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje, sábado, que irá ao funeral do papa João Paulo II para prestar uma homenagem a um operário como ele, e que deseja que o novo pontífice seja latino-americano, preferencialmente brasileiro. Em breve declaração à imprensa, concedida na Granja do Torto, Lula confirmou sua viagem a Roma para assistir às honras fúnebres de João Paulo II. "É o mínimo que um operário pode fazer por outro operário", afirmou o presidente. Sobre o sucessor de João Paulo II, afirmou que seu desejo é que o futuro papa seja procedente da América Latina. "Seria melhor ainda se fosse brasileiro. Vamos fazer força por isso", acrescentou Lula, depois de lembrar sua amizade com vários cardeais brasileiros. Dos oito cardeais brasileiros, apenas três são ativos - os outros são eméritos - e quatro têm o limite de idade que lhes permite votar e serem votados no conclave. Os brasileiros que terão direito a escolher o futuro papa são o arcebispo de São Paulo, Claudio Hummes, uma figura comum na lista de "papáveis" elaborada pelos especialistas no Vaticano; o arcebispo emérito de Brasília, José Freire Falcão; o arcebispo de Salvador, Geraldo Majella Agnelo, e o arcebispo de Rio de Janeiro, Eusébio Scheid. Lula destacou a preocupação do Papa pela pobreza no Brasil e a necessidade de uma reforma agrária e lembrou os dois encontros que teve com o pontífice. O primeiro, em 1980, depois de um encontro de João Paulo II com trabalhadores brasileiros em um estádio em São Paulo, e o segundo, em 1989, quando disputou pela primeira vez a presidência. O presidente lembrou as dificuldades que teve em 1980 para falar com o papa pois, em pleno regime militar no país, os soldados "não queriam nos deixar entrar". "Tenho uma dívida de gratidão com o Papa porque ele insistiu em receber a direção do sindicato (de metalúrgicos de São Paulo), que tinha perdido seus direitos políticos", afirmou. O governante, que declarou luto oficial de sete dias, assegurou previamente em mensagem de condolências que o Brasil, "maior país católico do mundo, onde convivem harmonicamente pessoas de variadas crenças, o Brasil se sente compungido pela perda de um dos homens que, como poucos, influiu, de forma marcante e positiva, no curso da História Contemporânea." Segundo estatísticas oficiais, no Brasil, em uma população de 180 milhões de pessoas, 73,9% dos habitantes (133 milhões) assegura ser católico.

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