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Jucá diz que não tem nada a esconder

O ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quinta-feira que está tranqüilo em relação às denúncias de que teria dado como garantia a um empréstimo junto ao Basa (Banco do Amazônia) fazendas que não eram de sua propriedade. "Eu não tenho nada a esconder. Eu estou tranqüilo quanto à minha postura. Mas não vou também ficar batendo boca com nenhum tipo de jornal ou órgão de imprensa".


ANA PAULA RIBEIRO da Folha de S. Paulo O ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quinta-feira que está tranqüilo em relação às denúncias de que teria dado como garantia a um empréstimo junto ao Basa (Banco do Amazônia) fazendas que não eram de sua propriedade. "Eu não tenho nada a esconder. Eu estou tranqüilo quanto à minha postura. Mas não vou também ficar batendo boca com nenhum tipo de jornal ou órgão de imprensa. A idéia é que nós possamos esclarecer definitivamente essa posição e o Ministério Público é um bom instrumento para isso", disse ele. De acordo com reportagem da Folha publicada hoje, o ministro entregou documentos que davam sete fazendas como garantia a um empréstimo realizado em 1996. À época, ele era um dos proprietários da Frangonorte. O ministro é réu na ação de execução de dívida (R$ 18 milhões) movida pelo Basa na 11ª Vara Cível de Belém (PA). Esclarecimentos O ministro disse que entregou ao procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, um ofício pedindo que ele esclarecesse essa questão. "Não podia dar como garantia fazendas que não eram minhas", declarou. Para Jucá, a denúncia não passa de "matéria requentada", e que cada veículo de comunicação tem um objetivo. "Acho que o objetivo é atacar o governo." O ministro disse ainda que está tranqüilo em relação a essas denúncias, e o que importa é conduzir os trabalhos da Previdência Social. "O presidente Lula quer que eu cuide da Previdência. Eu não misturo essa questão com a questão da Previdência", disse ele. Ontem, a representação do Ministério Público Federal no TCU (Tribunal de Contas da União) enviou ofício ao Basa (Banco da Amazônia) requisitando dados sobre os empréstimos à Frangonorte. O banco e o Ministério Público Federal já investigam o caso. Na terça-feira, Fonteles deu prazo de 20 dias para que Jucá se explique.

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