- 20 de agosto de 2025
O desespero com a situação dos brasileiros presos ilegalmente na Venezuela fez com que o empresário Abraham Bayer procurasse a imprensa de Roraima e as A Asembléia Legislativa para tentar encontrar uma solução, já que pela via diplomática não há nenhuma manifestação sequer de solidariedade. O próprio cônsul brasileiro em Caracas, Francisco Catunda Rezende, esteve duas vezes em puerto Ayacucho, e em uma delas teria - segundo os presos - que "não iria se envolver no caso de criminosos brasileiros e que lugar de brasileiros era no Brasil". Isso gerou um atrito e a interferência da diplomacia brasileira só piorou as coisas. Catunda chegou a levar lanche que foi rejeitado pelos presos. Abraham Bayer acredita que houve um problema de comunicação, tendo faltado ao cônsul as informações reais sobre o caso e sobre os abusos que estão sendo cometidos contras os brasileiros. Outro problema é o descaso denunciado pelos parentes dos presos por parte do embaixador brasileiro em Caracas, uma autoridade que poderia intervir e solucionar o caso. Apesar de ter sido enviado documento para a embaixada, nunca foi dado nenhum retorno e os funcionários da embaixada disseram apenas que pela via diplomática nada poderia ser feito. "Na verdade os brasileiros denuncia a corrupção no judiciário e no sistema prisional da Venezuela e para isso seria importante - sim - o conhecimento embaixador," afirma Abraham Bayer. ALE-RR - Em 03 de novembro a Comissão de Ciência, Indústria, Comércio, Tecnologia e Relações Exteriores da Assembléia Legislativa foi informada sobre a situação O denunciante Abraham Bayer disse aos deputados que já gastou mais de R$ 4 mil com telefonemas e faxs para o Itamaraty e Ministério da Justiça, e até o presente não obteve nenhuma solução favorável para a questão. A reunião da assembléia contou com as presenças dos deputados membros Raul Prudente, Vantam Praxedes, Gute Brasil, Marcos da Byte e Flávio Chaves. Também do Cônsul venezuelano em Roraima Aníbal Matute Medina. Este fez várias considerações sobre o assunto, e garantiu que vai se empenhar sobre a questão para por fim ao assunto. Mas, fez uma ressalva de que todas ás vezes que é procurado para interferir em algum questionamento sobre as relações fronteiriças, o faz com dedicação e prazer a fim de manter o melhor relacionamento possível. Matute também disse, que através do Ministro das Relações Exteriores vai tentar uma forma diplomática para resolver a questão, inclusive se possível a Comissão vai conhecer "in loco" a situação desses presos. Será tomada uma decisão rápida e séria sobre o problema, pois já são seis meses conforme a denúncia que chegou à ALE. Numa reunião seguinte ficou decidido que os deputados Chico Guerra, representando a casa e Flávio Chaves, em nome da comissão, mas dois servidores do legislativo estadual irão o mais rápido possível para conhecer in loco a situação vivida pelos brasileiros. Outros brasileiros estão presos nas mesmas condições Além dos dez brasileiros que já foram submetidos a julgamento em Puerto Ayacucho, outros 13 estão aguardando um pronunciamento da justiça venezuelana nas mesmas condições. No total mais de 1.200 brasileiros permanecem na região correndo o mesmo risco. Abraham afirma que se providências não forem tomadas, o caso pode se transformar um conflito diplomático entre Brasil e Venezuela. "Afinal são trabalhadores brasileiros que na tentativa de ganhar o sustento para suas famílias, devido a situação por que passa o Brasil se arriscam a viver até na ilegalidade," afirma. Os 13 brasileiros que estão presos e que não foram julgados ainda são: Carlos Augusto Carvalho, José Luiz Alves dos Santos, Valdemir Alves da Silva, Edílson de Mello Rocha, Antonio Vieira da Silva, João Batista de Maria, Luiz Ramos de Souza, Francisco Cardoso de Almeida, José de Maria Santos, Anésio Ferreira dos Santos, Valmir da Silva, Varleno Rodrigues Soares e Raimundo Souza.