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MPE - Onde passa boi, passa boiada?


A denúncia de suposto corpo mole do MPE neste caso dos gafanhotos da PMBV, chega na Redação deste Fontebrasil dando nomes e sobrenomes dos procuradores: Edson Damas - ex-paladino do bem público - e Fábio Stica, atual e ex-chefe do MPE, respectivamente. "Se eles quisessem ver o processo andando e uma posição definitiva do órgão sobre os gafanhotos da PMBV, bastava apenas manifestar essa intenção", informou a fonte.


Edersen Lima, Editor Brasília - A denúncia é grave e merece resposta imediata do Ministério Público Estadual. Trata-se do silêncio beneditino do órgão às acusações de malversação de dinheiro público e improbidades administrativas envolvendo a prefeita Teresa Jucá, denunciada inclusive por veículos de comunicação nacional como as revistas Istoé e Época, e os jornais Correio Braziliense e Folha de S. Paulo. Gente do próprio MPE aponta o interesse de procuradores em deixar os gafanhotos da PMBV pra lá. Fazer ouvidos moucos. Não enxergar a denúncia. Em outras palavras, esquecer qualquer acusação contra Teresa Jucá. Os "gafanhotos" da Prefeitura de Boa Vista, ou "girafas" como são também chamados esses funcionários fantasmas devido ao valor alto dos salários que recebiam, tem processo pronto, com parecer do Tribunal de Contas do Estado, e nada é feito pelo Ministério Público Estadual. A denúncia de suposto corpo mole do MPE neste caso dos gafanhotos da PMBV, chega na Redação deste Fontebrasil dando nomes e sobrenomes dos procuradores: Edson Damas - ex-paladino do bem público - e Fábio Stica, atual e ex-chefe do MPE, respectivamente. "Se eles quisessem ver o processo andando e uma posição definitiva do órgão sobre os gafanhotos da PMBV, bastava apenas manifestar essa intenção", informou a denunciante. "Não se entende como e porque o MPE segura esse processo (gafanhotos da PMBV). Isso nos leva a crer que alguma força externa tem atuado dentro do órgão e não é difícil imaginar quem esteja por trás disso, impedindo que um processo que em qualquer administração séria já teria sido julgado, quanto mais, investigado", comentou a fonte. Imaginar sobre o maior interessado no silêncio do Ministério Público sobre os gafanhotos da PMBV, não é difícil. E se juntarmos dois com dois, além da dar 22, dará Romero Jucá Filho, como o grande interessado no abafa do caso. Há três meses, diante dos microfones da rádio Equatorial ele deu um recado curto e grosso para o MPE: "Não vai ser um promotorzinho qualquer que irá atrapalhar a administração de Teresa". Pode? Pelo visto, pode, sim. Desde de lá, nenhum grunhido sobre o caso se ouviu e Teresa foi reeleita sem aporrinhação de nenhum "promotorzinho". O problema é que, se para Romero Jucá há "promotorzinho" no Ministério Público Estadual, para o órgão merecer a mesma consideração é daqui pra ali. Ou seja, nenhum servidor de lá poderá reclamar se alguém chegar, hoje mesmo, e classificar o MPE de "ministeriozinho público". Depois do recado de Romero Jucá e pela coragem, dedicação e determinação que os procuradores e promotores têm demonstrado no cumprimento de seus deveres, se isso ocorrer (denominação de ministériozinho) não será mais nenhuma novidade, pois quem cala, consente; e onde passa boi, passa boiada. * - Quadro "Manada" do pintor espanhol Luis Pineda ilustra esta matéria.


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