- 20 de agosto de 2025
Brasília - O Brasil é o país de escândalos não apurados. Republiqueta ordinária, dirigida por salafrários (em sua maioria), na qual somente a cidadã e o cidadão comuns são obrigados a trabalhar e a sustentar palácios e picaretas. Quem estiver fora do alcance dos cofres públicos, sem cargo de direção, estará perdido. Lugar comparável a qualquer país de terceira categoria, perdido pelo mundo afora, rico em recursos naturais, mas carente de homens e idéias. Foi o ex-presidente FHC (1995-2003) quem mais cometeu crimes contra a nação brasileira: desnacionalizou a economia em 78% por cento e entregou quase todas as nossas estatais. Fez aprovar uma lei, no final de seu mandato, determinando só poder ser julgado em foro especial. Ficou tudo por isso mesmo e não se vê ninguém contestando tal absurdo. Como sua ex-excelência vai completar 74 anos (no dia 18 de junho), é possível que fique impune o resto da existência e nunca vá preso. Seu ex-comparsa argentino, o ex-presidente (1989-99) Carlos Menem, encontra-se foragido no Chile, com mandado de prisão nas costas, depois de ter roubado praticamente tudo e cometido o mesmo crime de lesa-pátria praticado por FHC. Menem vendeu até mesmo a estatal petrolífera YPF. Quem pode entender ato condenável de tal natureza? No Brasil, FHC só não doou a Petrobras porque temeu as conseqüências. Deve ter pensado e comentado para si mesmo, com aquela boca afolozada: "- Vivo num país de cretinos, onde boa parte dos que estão à frente da vida pública podem ser subornados, desmoralizados, mas não vou me arriscar com isso. Doar a Petrobras pode ser a gota d'água". E recuou, pois os covardes costumam calcular permanentemente os limites. Mesmo assim, criou uma lei que fatiava a empresa e a colocava nas mãos das multinacionais. O trabalho foi bem feito. Para alcançar o objetivo, encaminhou o cargo de presidente de nossa petrolífera a seu genro, David Zylbersztajn, que se dispôs às patifarias. Só por isso, FHC já deveria ser condenado: por formação de quadrilha. Na época, antes de ser conhecido por incompetente e beberrão, Luís Inácio Lula da Silva, em campanha presidencial, declarava que iria acabar com as licitações e devolver a Petrobras a seus legítimos donos, o povo brasileiro. O mesmo Lula que afirmou, depois de ter saído da Câmara Federal, onde foi deputado por quatro anos (1987-91), ter contado lá dentro "mais de 300 picaretas". Nos dias que correm, faz acordo com aqueles que condenava. Na Presidência, o analfabeto se transformou num Dom Quixote às avessas, o Dom Luiz Inácio, assumindo todas as bandeiras contrárias, desmoralizando o PT que serviu como ponta de lança contra injustiças e adotando o modelo econômico que condenava. Pior, colocando na Presidência do Banco Central um cidadão investigado por esse mesmo BC e apontado na prática de falcatruas no BankBoston, ao qual serviu também como presidente. Dom Luís Inácio ainda cometeu o despautério, através de decreto, de colocar o presidente do BC, Henrique Meirelles, no mesmo plano de um ministro de Estado. Isso lhe garante imunidade e a certeza de que só poderá ser julgado por foro especial, devido à lei aprovada por FHC para escapar da Justiça. E Henrique Meirelles, que segundo Cláudio Humberto vivia dando festas em Washington vestido de baby-doll, colocou nossa economia a reboque das imposições norte-americanas, obedecendo fielmente ao que o falido império determina. Parece difícil, muito difícil ficar livre dessa corja toda através do voto direto. Mas eles estão cavando a própria ruína, sem se dar por conta, em função da miséria que ampliam com seus atos todo santo dia. Email: [email protected] Fonte: Foto AP