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Frei da Paróquia de Marechal Hermes relembra os três encontros que teve com Leão XIV: 'Homem simples, que gosta de contar histórias e piadas'

Religioso esteve com o novo Pontífice duas vezes em São Paulo e outra no Rio


Antes de se transformar no Papa Leão XIV, Robert Francis Prevost esteve diversas vezes no Brasil e algumas delas no Rio, como em 2013 para a Jornada Mundial da Juventude. Em pelas três dessas passagens por solo brasileiro, os caminhos do então bispo se cruzaram com o do frei Danilo Gomes, de 36 anos, que atua numa obra social em Marechal Hermes.

O primeiro encontro dos dois aconteceu em 2012, em Bragança Paulista, no interior do estado de São Paulo. O frei conta que na época Prevost era Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, espécie de representante da ordem para o mundo. Ele veio ao país em visita canônica e uma de suas missões era avaliar o que andava a consagração dos novos frades agostinianos.

— Ele é uma pessoa muito simples. Rezava e fazias as refeições conosco. Agia como alguém comum. Ele é um homem simples, amigo e que gosta de contar histórias e piadas — define o frei.

No ano seguinte se deu o segundo encontro entre os dois. O frei, desta vez, estava na capital paulista cursando teologia. Na ocasião, Prevost participou em São Paulo do Encontro Latino-Americano de Jovens Agostinianos em São Paulo. O evento foi uma espécie de preparativo para a Jornada Mundial da Juventude. Em seguida, em seguida, veio para o Rio, onde ocorria a JMJ e participou de conferência realizada na Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia, no Engenho Novo, onde ficou hospedado.

— Foi um encontro descontraído porque estava reunida a juventude de vários países. Lembro que o evento teve um mote cultural e tinha, entre outras coisas, uma mostra culinária. Teve um momento em São Paulo, uma vigília em Bragança Paulista e depois viemos para o Rio. Ele participou de tudo, enviou-se à mesa, tirou fotos — contorno o religioso, que não imaginava que 12 anos depois Prevost seria o novo Papa.

O frei que agora atua na Paróquia Nossa Senhora das Graças de Marechal Hermes, de orientação agostiniana — a mesma ordem do Papa — contorno que voltava para casa no momento em que era anunciado o nome do novo pontífice, no último dia 8,

— Vi que tinha saído a fumaça branca. Fiquei na expectativa, mas não sabia que era ele (o eleito). Quando anunciaram que o escolhido foi Prevost fiquei surpreso e feliz por ser alguém da gente, da nossa família religiosa. A escolha é importante porque os olhos do mundo não se voltam só para o Papa, mas também para a ordem que ele representa — diz o frei que sonha a encontrar o agora Papa, de preferência no Rio, novamente.

Enquanto esse novo encontro não chega, o frei segue com sua atuação na Obra Social São Tomás de Villa Nova, da paróquia. O trabalho social começou anos atrás com a distribuição de um pão para os moradores de rua. Tempos depois o espaço virou casa de segurança para idosos. Mas, por questões legais, o local fechado, os internos foram presos para abrigos da prefeitura. Hoje é usado para reuniões de grupos pastorais e voltou a fazer distribuição de comida para moradores de rua.


Fonte: O Globo

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